Crises dos Trintas e dos Quarentas...

Numa altura em que o mote da minha vida é a mudança, e lidar com todas as consequências que essa mudança irá acarretar para a minha vida, surge uma oportunidade de passar um fim de semana com amigas e as conversas abordam os numeros de mulheres que , apesar de serem extrovertidas, bonitas, inteligentes, possuidoras de  um  nivel cultural acima da média , acabam por se acomodar a situações relacionais com os seus pares insatisfatórias, por razões  materiais, não que dependam própriamente de maridos ou companheiros, mas , devido a filhos pequenos e à crença que para as crianças é mais desejavel os pais juntos, ou por pagarem emprestimos de imoveis em conjunto, e outras questões de resolução demasiado trabalhosa para resolver em caso de ruptura definitiva. 
Mas há um dia, em que chega o limite, o "não aguento mais", em que a corda estica tanto, que rebenta, em que recusando deprimir de forma maior, a defesa destas mulheres é dar a volta por cima, embora carreguem consigo as culpas de iniciarem processos de divórcio, ainda que durante todo o casamento tenham sido negligenciadas como esposas, seres humanos, tenham sofridos maus tratos, anuladas, desrespeitadas e a vida que tenham tido com a pessoa com quem escolheram  casar se tenha tornado um inferno que lhes dá uma especie de Sindrome de Estocolmo, do qual tenham  tido dificuldade de sair, uma vez que confundiram  a rudeza desses homens com proteção e acabaram por habituar-se aos cativeiros onde viviam.
Os homens tambem passam por isto. Tambem existem mulheres castradoras, que reprimem os seus companheiros. 
Se falarmos com mulheres mais velhas, ser-nos -à dito que se um homem não bate à mulher devemos sentir-nos gratas pelo dinheiro que poe em casa, e que se não puser, devemos estar gratas por ter marido, como se tal fosse um prémio , por pior que seja a criatura.
Sugiro que busquemos a independencia. Acima de tudo a independencia emocional. Deixar de acreditar que só conseguimos algo se tivermos o apoio de um homem.
Fui mãe solteira do meu primeiro filho, totalmente sozinha, desde o momento que descobri a gravidez ate aos seus 5 anos, tive uma gravidez de risco . No segundo tive que ser internada desde os primeiros meses até ao final da gravidez porque o pai da criança, por mais que lhe fosse explicado pela medica especialista da MAC "fazia-lhe confusão" que eu tivesse que fazer repouso absoluto durante  toda a gravidez.  A criança tinha um atraso no crescimento e todos os movimentos eram evitaveis para que ele crescesse e engordasse, e eu pudesse estar o mais calma possivel, tinha a tensão ,muito alta e tinha apenas 19 semanas quando foi descoberto esse problema. Tinha que " aguentar" a gravidez o mais possivel.  Para que o bebe pudesse nascer com uma prematuridade segura. Já que a prematuridade era quase certa. E foi. 
Perguntam-se se esta pessoa de quem falo é a pessoa com quem ainda estou oficiamente ligada.  Ã‰.
  E se no caso de uma gravida de um filho seu  tem este tipo de atitude , imaginem no dia a dia. 
Talvez não existam pessoas melhores nem piores, e sejamos apenas incompativeis, diferentes. E quando assim é, depois de muita tolerancia e cedencia de um lado, de sacrificios por filhos, por crenças, ideologias, principios, não existe outro remédio senão desistir. Não funciona. 
Prefiro ser uma mulher tranquila sem marido que uma casada infelicissima. 
Merecemos uma hipotese de Paz. Eu mereço. Os meus filhos tambem. 
Respirar fundo, ganhar coragem, deixar de acreditar em ilusões, levar a felicidade a sério. 
E pedir que desta vez, a vida me seja favorável. Pois eu garanto que sempre fiz tudo para que fosse.



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Sobre a autora:

Chamo-me Marta, e sou apaixonada pela escrita e pelo mundo da beleza. Em 2013 , após um curso de maquilhagem profissional decidi juntar os meus dois amores, criando este blogue. Gosto de escrever despudoradamente sobre tudo. Maquilhagem, cuidados com a pele, estética, cirurgia plástica e saúde no geral, assim como partilho aqui algumas das minhas crónicas em que abordo tudo o que é possível e imaginário. Venham daí, conhecer o meu Mundo!

2 comentários

  1. separei-me ao fim de 8 anos, meu filho mais velho tinha 6 anos, fui vitima de maus tratos fisicos e verbais, ainda tentei pelo menino, mas ia contra mim mesma,, e resolvi me separar e sabes o que ele disse,??se és tu que te queres separa és tu que vais pagar o divórcio e assim foi na altura 360€ há 8 anos quase há 9,,fechei-me e vivi só para o Alexandre e era livre mas a vida dá voltas e voltinhas, e acabei com uma pessoa mais nova que eu dez anos e agora temos o Gustavo, se faz diferença??faz!! mas ninguém é de ninguém e quando a vida te dá oportunidade de seres feliz é melhor não contrariar,,
    beijinhos grandes
    http://belezademulheremae.blogspot.pt/

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  2. Agora o caminha é para a frente e o resto que fique como memorias passadas e enterradas! Ainda vais ser muito feliz rapariga (sozinha ou acompanhada) É preciso é saúde que o resto resolve-se! Kisses!! Sempre aqui! <3

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