Os "amigos"

Chego à conclusão que peco em dar demasiadas justificações. Em explicar-me quando o silencio e a minha ausência deviam falar por mim.
Gosto de tudo esclarecido, e talvez seja por essa razão que deixe sempre tudo em " pratos limpos".
Obviamente que isso confunde. A maioria das pessoas estão habituadas ao "politicamente correto". E eu, vou deixar de por tanto sentimento naquilo que digo, faço, e em todos com quem me relaciono.
A "entrega" cansa. Cada vez que exaltamos qualidades a alguém que pensamos ter como amigo, mas não o é estamos a dar-lhe poder . O poder de nos magoar. "Tu te tornas eternamente responsavel pelas pessoas que cativas" diz no livro Principezinho. Lamentavelmente o termo amizade é utilizado com uma vulgaridade de rua.
E eu, tenho o defeito de encher os egos a quem se diz amigo/a. Porque para ter a pessoa como amiga tem que ter algo que me chame a atenção . Que me faça querer estar por perto.
A história repete-se vezes sem conta, torno-me um meio para atingir um fim. Uma ponte para alguém ,ou para um objetivo.
Foi assim, é assim, mas, tive que aprender a lidar com o depois.
Recuso -me a sofrer mais por amizades que não o eram.  Corto. Definitivamente.
A pessoa deixa de existir para mim.
O que não vemos, é como se não existisse. Deixamos de ter mais uma pessoa com quem nos preocupar.
Não lido bem com promessas que não se cumprem, com pessoas que trocam uma amizade por uma "tesão de mijo".
Perdoem a linguagem. Ou não. Não têm o que perdoar. Afinal, esta reflexão pertence-me.