Finalmente, voltei a ser capaz de escrever sobre o Amor.
Foi mais de um ano de “bloqueio criativo”.
De processo de cura.
De perdas.
Acima de tudo de aprendizagem.
A um ritmo alucinante.
Olho para trás e pergunto- me como consegui sobreviver a este último ano.
Talvez a resposta esteja na pergunta. Sobrevivi. Conheci pessoas que quero que sejam para a vida. Vivi o inferno na Terra, vi à minha frente morto, alguém que pensei ser imortal.
Descobri que somos mortais, mas que o verdadeiro Amor, nem a morte destrói .
Conheci mulheres fascinantes.
Mulheres a sério. Senhoras. Que me ensinaram muitas coisas.
Ensinaram-me a digerir acontecimentos.
Vi milagres acontecerem. Aprendi que as pessoas afinal podem mudar. Podem crescer. Apesar de não se tornarem como gostariamos que fossem , tornam-se boas pessoas.
Conheci putas que são pessoas decentes.
Que não traem, são leais. Que se amam e fazem respeitar. Que não se deixam explorar. Que respeitam.
Conheci Senhoras, ordinárias, sem carater nem princípios , que se sujeitam a tudo para manter as aparências, que fazem sexo quase por favor com os maridos, para os calar, que odeiam as mulheres que os maridos engatam, e os desculpam, querendo fazer passar imagem de casal forte e coeso, enquanto o mundo inteiro as apelida de coitadinhas. Problema delas. Levam a vida que escolhem...
Às vezes, as coisas não são o que aparentam ser. Vivemos num mundo onde reina a hipocrisia, e é mais importante parecer que ser. Em que os casais fazem dedicatórias em modo público no facebook e em casa se ignoram, odeiam, discutem.
Foi dificil para mim perceber que a sociedade está cada vez mais complexa. Com os princípios invertidos.
Mas sabem que mais? Limito-me a viver o melhor que sei. Sem pretensões. Sem utopias.
Não me interessa quem são as putas, e as puras.
Desejo que tirem da vida o melhor que esta tem para dar. Que conheçam a felicidade sem limites, sem receios.
Que todos nós aprendamos de uma vez por todas a cortar com o que noa faz mal.
Com o que nos tira o sossego.
Que possamos dormir com a consciência tranquila.
Que não percamos a sensatez e sensibilidade.
Que confiemos e tenhamos confiança plena naqueles que amamos.
Aos poucos, tudo começa a fazer sentido.
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