Conan Osiris

A primeira vez que vi e ouvi Conan Osiris estava bastante triste. Recordo- me que vi o video quase em loop e gargalhei de todas as vezes que o vi.

A dança estranha do bailarino, a letra que me pareceu espatafúrdia, e a voz banal.
Quando soube que iam ser concorrentes no festival da canção, imaginei as caras de milhões de portugueses chocadíssimos perante a música tão pouco convencional. A minha primeira impressão foi “ Que horror!”. Ri, gozei, tentei entender que fenómeno era aquele que levava as figuras públicas a adorarem aquelas “personagens”.
Após assistir a algumas entrevistas com o Tiago, o jovem vocalista perdi- me entre os “ bué” e as “ cenas” do seu vocabulário que oralmente me pareceu algo limitado.

O tempo foi passando, a música continuava a passar e, cada vez me parecia mais melódica, meio oriental, étnica. Quando soube que ia a Israel representar- nos e percebi que está nos dez favoritos para a vitória fiquei imensamente feliz. 
Conan Osiris faz- me lembrar quando nos apetece dizer coisas sem nexo, para não agradar ninguém, só porque apetece. E creio que o facto de ser algo sem qualquer pretensão foi o que  levou a música mais longe.
Desde o início e embora muita gente questione este meu gosto, adorei o dançarino, o João. 
O público que os apoia diz que fogem ao convencional, que são fora da caixa, originais.
Que as letras têm muito significado.
Eu não sei explicar. Têm uma imagem positiva, assim como a energia que emanam. E a música estranha- se e depois entranha- se!
Por mim podem perfeitamente ganhar. Terrível foi a atuação de Israel o ano passado. 
Era bom que os portugueses se indignassem tanto com o estado da nossa saúde, política, ensino, como com o vencedor português de um festival da canção.




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Sobre a autora:

Chamo-me Marta, e sou apaixonada pela escrita e pelo mundo da beleza. Em 2013 , após um curso de maquilhagem profissional decidi juntar os meus dois amores, criando este blogue. Gosto de escrever despudoradamente sobre tudo. Maquilhagem, cuidados com a pele, estética, cirurgia plástica e saúde no geral, assim como partilho aqui algumas das minhas crónicas em que abordo tudo o que é possível e imaginário. Venham daí, conhecer o meu Mundo!

4 comentários

  1. Concordo, estranha-se e depois entranha-se. Lembro-me de ter ouvido a primeira vez e de me ter fartado de rir com o "telele"! Fiquei meio no vai não vai nessa vez, notei logo a vertentes mais árabes, portuguesas (meio que tem fado) e a típica musica de discoteca. Não adorei mas vi logo que era algo diferente e com potencial pela diversidade!
    Agora não me sai da cabeça, até porque telemóvel é uma analogia a coração, e sejamos sinceros, se estivesse na letra corações em vez de telemóveis não tinha piada nenhuma!
    Kiss^^

    Patsilvarte : blog | youtube

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  2. Confesso ke o estranho mas depois de ouvir varias vezes até somos kapazes de habituar e kem sabe talvez gostar...
    Gostei do post

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  3. Vai ser daquelas que: primeiro estranha-se, depois entranha-se! Beijinhos*

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  4. Eu ouvi-o pela 1ª vez no "5 para a meia-noite" a cantar "Borrego" e achei que era um cantor humorista. Mas depois com o boom do festival comecei a reparar melhor e acho que ele vai ter sim o seu lugar na música. É original e, goste-se ou não, destaca-se. Espero que represente bem Portugal e que consiga singrar na música.

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