Tenho uma amiga, com menos de 30 anos que perdeu o pai dos seus três filhos, e amor de uma vida, no início do mês de Dezembro, num acidente de viação.
Por acaso, para além de minha amiga é blogger também.
 Quando vos digo que as bloggers não têm imunidade contra desgraças, é a isto que me refiro. Fatalidades que ninguém prevê. Num dia são uma família com estabilidade financeira, no dia seguinte, um ordenado mínimo torna - se o único meio de sobrevivência de uma família, uma mãe e três filhos.
Pessoas muito novas, poucos descontos, pensão de sobrevivência que virá tarde.
Hoje, falava com ela que me dizia que o filho de 6 anos tem pouca roupa.
Consegui  postando a situação da minha amiga, encontrar pessoas de boa vontade que já a contactaram e enviarão roupas para o menino.
Sabemos que não chega, mas é uma ajuda.
Para minha surpresa, no post onde relatava a situação da minha amiga, uma criatura insultou-a por ter três filhos, mandou a trabalhar (coisa que ela sempre fez), em vez de se   " fazer de coitada" e andar a pedir na net.
Ela não pediu. Eu pedi   porque infelizmente também não estou  condições financeiras de a ajudar, moramos a mais de 300km de distância e eu sei bem o que é sustentar duas crianças sozinha. Embora ela tenha três.
Eu pedi por ela . Mas poderia ter pedido para mim que isso não constituía nenhum crime. Antes pedir que roubar, certo?
Já se imaginaram querer manter a qualidade de vida dos vossos filhos com a mínima dignidade e acontecer a fatalidade que vos altere toda a vida? E ainda ter que lidar com gente ordinária que envia mensagens a dizer que espera que os vossos filhos morram?
Não entendo o ódio que se vê por essa Internet. Ódio gratuito. Só porque sim. Porque decidiram ser maus.
Já lido com haters há algum tempo, mas na blogosfera consideramos fans não assumidos.
Agora pessoas que festejam desgraças alheias?
Que Mundo é este?

" O Henrique decidiu deixar- nos.
 Foi escolha dele."
Foi desta forma, que fui abordada pela mãe de um menino de 19 anos que, coincidentemente tem o mesmo nome que o meu filho mais velho.
Não é apenas o nome que têm em comum.
Tal como o meu filho, o Henrique de Melo Parise tinha perturbação do espectro de autismo, num grau leve, síndrome de Asperger.
Inteligentes, anti sociais, protetores, detentores de um sentido de humor capaz de chocar os mais sensíveis.
Ele sabia que era diferente. Sentia-o.
Por experiência própria, pelo que vejo no meu filho, estas crianças consideram as suas vidas e a própria sociedade onde estão inseridas, aborrecidas, monótonas.
Não entendem a nossa forma de pensar, até porque têm uma inteligência muito superior à dos comuns mortais.
Por vezes parecem desprovidos de emoções. Parece que nada exterior os afecta. Já as suas mentes são um mistério para nós. Complexas, curiosas, sedentas de informação e totalmente viciadas em desafios. Necessitam de estímulos que tenham a mesma "velocidade" dos seus pensamentos.


Quando partiu, o Henrique de Melo Parise fez um pedido.
Perfeitamente consciente da sua
" diferença", da incompreensão por parte da sociedade, das portas que se fecham perante um diagnóstico do que muitos consideram uma " doença", e eu vejo como uma diferença, inteligencia acima da média e falta de tacto social, que jamais seria impeditivo em qualquer cargo profissional desde que significasse um desafio para ele.

Mas, há pouca informação. O autismo é confundido com um atraso mental,quando a maioria dos autistas " sofre" precisamente do oposto. São pessoas demasiado racionais. Pouco emotivas.

O Henrique de Melo Parise não queria flores, não pretendia homenagens póstumas,mas deixou clara a intenção que a sua passagem na terra não fosse em vão.

Pediu ajuda para a consciêncialização dos problemas da mentais.

" O Homem é o único animal, para quem a sua existência é um problema que ele próprio terá de resolver"

Estas foram as últimas palavras do Henrique, na data  em que escolheu deixar este Mundo, há poucos dias, 23 de Dezembro de 2017.


Henrique de Melo Parise , sabe mais sobre o seu projeto aqui.

www.henriquedemeloparise.org















Please, please 

Existe um mito na web , do qual me apercebi pouco depois de entrar na blogosfera.
Uma blogger bem sucedida tem ,obrigatoriamente que ser rica.
 Vestir Prada, usar Louboutin, e malas Hermès, ter casa de praia, fazer várias viagens por ano a cidades cosmopolitas e outras tantas a paraísos tropicais. Frequentar imensas festas, relacionar- se com celebridades, tratar por tu os principais representantes das melhores marcas, receber todo o tipo de produto em primeira mão, para que os seus vários milhares de seguidores e visitas diárias tenham acesso às suas opiniões isentas, sobre tudo o que é comercializado, antes mesmo de estar à venda.
Não é completamente mentira. Falando na primeira pessoa, confesso que não viajo tanto quanto gostaria, tenho outras prioridades que requerem a minha presença e atenção constante.
Tenho dois filhos para sustentar, uma avó
com muita idade que precisa de cuidados e apoio, entre outras situações.
Não tenho disponibilidade financeira para ir a todos os eventos para os quais sou convidada, e, a ser franca, nos últimos meses tenho tido muitos contratempos que não me têm permitido que frequente festas e demais acontecimentos.
Tenho malas, roupas e sapatos de marca
( não tudo), no entanto, não são eles que me definem.
 E tenho sim, marcas tremendamente generosas, nas quais acredito, que colaboram com o blogue.
Já devem ter notado a ausência de passatempos, a mesma deve- se ao facto dos mesmos serem muito trabalhosos, e penso que nem todas as marcas estarão cientes disso.
 Requerem tempo,concentração,disponibilidade que ultimamente não tenho tido.
Vem aí um novo ano, e, espero conseguir retomar o meu espírito leve, criatividade e acima de tudo vontade de escrever.
Aos poucos , a tristeza vai dando lugar à paz.
Ser blogger não nos dá imunidade contra perdas, doenças, mortes, dificuldades financeiras ou problemas pessoais. Geralmente, e se não soubermos selecionar quem nos cerca podemos ser vítimas de ataques constantes de quem pensa que vivemos uma vida cor de rosa, porque têm apenas acesso àquilo que queremos mostrar. Não há nada nem ninguem que nos obrigue a dar explicação pelas nossas atitudes na nossa vida privada.
Semanalmente, sou questionada por pessoas que querem ter um blogue, sobre como se faz.
Primeiro têm que gostar de escrever. Ser criativos. Suportar adversidades, opiniões de quem não conhece as vossas lutas e se limita a supor.
Os vossos blogues têm que ter um tema. Desporto, feminino,masculino, culinária, humor. Ou podem ser um misto organizado de tudo.
Terão de suportar contrariedades, ser coerentes.
 Não devem falar numa semana em cinco produtos de pele diferentes catalogando- os como o melhor que já usaram ( exemplo).
Estar preparados para evoluir, sem com isso estarem colados a outros bloggers .
Tentem ser diferentes. Evidenciem- se pela vossa singularidade, em vez de mostrar que têm o que todos têm ou que foram onde todos foram.
Sejam realistas, mas deixem sempre lugar para o otimismo.
Assumam-se. Revelem- se. Entreguem- se a quem vos segue, respeitem- nos.
Ser blogger profissional requer uma entrega diária e ocupa muito tempo. Faz-nos prescindir de muita coisa.
Mas ser blogger tem que ser acima de tudo uma paixão. Mais que uma partilha incessante de produtos, objetos e outro tipo de publicidade.
Os leitores procuram cada vez mais alguém com quem se identificar, pessoas acessíveis, com problemas, com vidas reais. Que desabafem e falem a mesma língua.

Imagina um produto para os cabelos, que possa ser usado como:

Conheces a Tche?

Este ano , de tantas mudanças, perdas, decidi apostar mais em mim. 

1. 

Porque todos os tipos de pele precisam de hidratação, a Clarins tem uma linha específica para a hidratação intensiva.

E hoje venho mostrar-vos alguns dos meus favoritos da Kat Von D Beauty. 

Até há seis meses atrás, as minhas unhas eram descuidadas, não tinha qualquer cuidado ou ritual .

Olá!

Uso a Everlasting Foundation da Clarins, 

É provável que quem me siga, tenha notado um afastamento do blogue.

E, de repente tudo muda.

Roupa para a passagem de ano . Já pensaste no que vais usar?

Here we go...

Ontem foi o evento de apresentação da coleção de Natal da The Body Shop, no Centro Comercial Colombo.