Hoje falava com uma menina no insta, que me agradecia o facto de responder sempre que pergunta algo nas minhas redes sociais. Eu entendo que seja frustrante , até porque também a mim me acontece perguntar em algumas contas de instagram informações sobre produtos que outras bloggers postam e não tenho qualquer resposta. Não fico muito bem impressionada, mas também tenho culpa no cartório. Há muitas perguntas que por vezes não respondo , ou porque são de caracter demasiado pessoal e nem sempre me sinto bem, afinal, temos tanta exposição que queremos guardar algo para nós. Outras vezes, não temos mesmo resposta.
Hoje decidi responder publicamente a algumas das perguntas que mais me fazem, para a página, perfil, e instagram. Já devem ter reparado que não sou muito de responder no blogue. Não é por mal, mas tenho que corrigir isso.
“Quantos grupos tens no Facebook?”
A última vez que contei eram 35. Todos relacionados com a beleza, blogosfera, passatempos, cabelos, e, criei ha duas semanas um grupo que se chama “As Melhores Séries “, porque finalmente tenho um vicio na vida- series!
E precisava de ter com quem comentar o que vejo, quem me entendesse e aos meus gostos e me pudesse aconselhar nesse sentido.
Sou um bocado chata nos meus gostos. Demasiado a especifica. E tenho moderadoras em todos eles, para me ajudarem .
“Porquê um blogue de beleza quando gostamos tanto dos teus posts mais intimistas?”
Quando decidiram que eu tinha que criar um blogue, as seguidoras da página; perguntei-me o mesmo.
Mas, o facto é que iniciei o blogue após um curso de maquilhagem profissional, e na altura fazia todo o sentido. Ainda faz. Continuo a adorar o mundo da cosmética .
Mas não me parece que seja impeditivo que uma blogger de beleza fale de outros assuntos.
Não sei se devo chamar publicidade , claro que falo de marcas que me enviam produtos para que fale neles, mas não pensem que todas as marcas pagam porque não é verdade.
A esmagadora maioria permite que escolha os produtos que me interessam ou que estejam em lançamento para que lide com o blogue como se fosse uma revista.
Tento trazer as novidades que mais gosto e com as quais me identifico. Recuso-me a falar de produtos que não “aprovo”, ou que por alguma razão não me dei bem.
Então, se pensarmos no blogue como uma revista , não posso escrever apenas sobre produtos, preciso da minha essência, dos meus pensamentos e vivências por aqui. É a minha marca.
“Tens muitos produtos ?”
Tenho. Mas já tive muitos mais, quando me apercebo que não vou usar ou tenho coisas semelhantes acabo por oferecer a amigas, família.
“Recebes coisas todos os dias?”
Quase todos.
“Há alguma marca com a qual gostasses de trabalhar e que ainda não trabalhes?”
Há imensas. Mas todas as semanas conheço marcas novas, fico espantada com a quantidade de coisas maravilhosas que não têm o destaque merecido. E isso faz com que muitas vezes me alie a marcas menos conhecidas. Quero muito que cheguem ao público. Se eu acreditar num produto, facilmente influencio outras pessoas a quererem experimentá-lo.
“Como concilias o blogue com a tua vida pessoal?”
Sinceramente já levo mais de 5 anos disto. O blogue é mais um filho que tenho. Que precisa de atenção, e tudo o mais.
Mas é uma paixão, nunca uma obrigação. Às vezes preciso de desligar.
“Consideras-te uma figura pública? “
Não. De todo. Sou uma mulher crescida que escreve num blogue, que felizmente tem boa audiência, leitores que me deixam perplexa com o carinho e com o facto de me seguirem ao fim de todos estes anos. Santa paciência!
“Tens uma página com 170 000 seguidores. Aumentaste muito em pouco tempo. Como foi isso?”
Sempre fui “falada” por ter imensas páginas no facebook. Um dia uma amiga perguntou-me porque não as fundia numa só. E foi o que fiz. As que o facebook permitiu fundi, então, paginas minhas que tinham temáticas diferentes, para que atingisse público diferente e onde partilhava posts meus do blogue foram unidas numa só.
Era muito cansativo andar de página em página a publicar imagens, textos, sentia-me esquizofrênica e precisava de equilibrio e paz.
Fiquei com poucas páginas, e muito mais tempo livre.
“Já não escreves tanto na Santa, pois não?”
Não. A página Eu Não Sou Santa, é acima de tudo uma página para eu e algumas amigas tornei moderadoras nos divertirmos. Quando temos tempo e disposição.
O que achas dos instagrammers que apareceram agora de uma hora para a outra com milhares de seguidores?”
Eu acho fantástico que quem valorize imagens as possam expor e ser admirados por isso. Mas o instagram não substitui um blogue. É giro mas não é o que mais gosto.
“ O grupo de maquilhagem foi algo muito pensado? “
O grupo Essenciais( Loucas por Maquilhagem), deve ter sido a seguir à Pagina da Santa um dos maiores de golpes de sorte que tive.
Criei. Cresceu. Deu certo. Com a ajuda das moderadoras , claro. Agora ja vamos sendo autónomas nas nossas decisões mas houve uma altura em que pediamos muitos conselhos umas às outras em situações de conflitos. Mais de 60 000 mulheres num grupo é dose.
“Quais as tuas séries favoritas?”
Anatomia de Grey, Bates Motel, Orphans Black.
“Marcas favoritas?”
The Body Shop, Clarins, Huda Beauty, Urban Decay, Kat Von D, Makeup Forever, Lancôme, Shiseido e muito mais...
“Tens algum segredo de beleza?”
Dormir o máximo que posso. E quando me sinto muito triste tomo banho. Melhoro sempre!
“Como chegas aos 41 com ar de menina?”
Não sei. Talvez tenha muitos cuidados com a pele. Previno. Trato. Bons genes , já que ainda não tenho rugas nem cabelos brancos.
“Adoeces muitas vezes por ano, não é?”
Certo. Tenho uns anticorpos malvados que me diminuem as defesas imunitárias , então adoeço sim com frequencia, porque me vão “atacando” diferentes órgãos. Não mata, mas mói.
Sigo-te porque acho que és diferente. És uma de nós. Sentes que és especial para muita gente que não conheces?”
Sem ofensa, não acredito que as pessoas nutram sentimentos por quem não conhecem. Podem sentir empatia. Nunca fui deslumbrada , talvez aos 15 anos , quando amava o Brad Pitt e o Tom Cruise ao mesmo tempo, mas não idolatro ninguem , não quero que me idolatrem . Mas sim. Já me senti especial por causa de muitas leitoras e isso é... avassalador. No bom sentido. É a validação que estamos a fazer algo certo.
“Ja pensaste em escrever um livro?”
Já. Preciso de crescer um pouco mais emocionalmente. As livrarias estão cheias de livros que ninguém lê. Cada vez é mais fácil escrever e lançar um livro. Arranjas quem te edite o livro e pagas pela sua publicação. E eu ainda sou do tempo em que para se publicar um livro era preciso talento, vocação, inspiração e andar de editora em editora em busca de um sim.
Correndo o risco de parecer pretenciosa, publicarei um livro se me parecer fazer sentido. Não para poder dizer a toda a gente que sou escritora. Existem muitos escritores nunca publicados e autenticos idiotas com bestsellers nas livrarias. E depois há quem até seja razoavel e venda meia duzia de exemplares. Não sou pelo medíocre. Prefiro continuar a escrever no blogue até sentir que consigo escrever algo que ainda não exista para ser publicado.
Os livros são sagrados. Devia ser privilégio de poucos , escrever um livro. Vejo vulgarizarem demasiado a escrita e chamarem obras a publicações pobres e decadentes.
E estas foram algumas das perguntas que me vão fazendo pela página, blog e instagram.
Sou isto.
