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Marta Veloso
Li esta pergunta perturbadora a primeira vez que me desloquei ao Centro Neurológico Senior aqui em Torres Vedras, uma unidade de saúde focada em doentes neurológicos .
Lá voltei alguns anos depois, desta vez com a minha mãe para receber um diagnóstico de demência e Alzheimer precoce, já que desde os 40 anos que foi mudando o comportamento, tendo episódios em que se repetia, esquecia que já tinha dito algo e a corrigimos como se fosse um lapso inofensivo. 
Embora me tenha sentido sempre pouco amada pela minha mãe , a verdade é que chegamos a uma altura da vida que temos que aceitar que os nossos pais foram o melhor que sabiam e podiam para nós, independentemente que tenham sido diferentes para outros. Há que fazer um reset , perdoar, aceitar, tolerar  que não vale a pena manter mágoas e dores antigas porque nada pode mudar o passado. 
Foi talvez das coisas mais difíceis, quando soube que estava a iniciar um processo de demência, perceber que o pedido de desculpas nunca chegaria, que nunca viria a recuperar o Amor daquela mãe, que foi sempre a minha maior ânsia e desejo. 
E foi difícil porque no dia em que nos deslocamos ao Centro Neurológico aconteceu pela primeira vez ela olhar para mim ,nos meus olhos e dizer-me a sorrir que não sabia quem eu era. 
E custa saber que tudo se desenrola a uma velocidade luz, que as capacidades se perdem a cada dia. Que o que foi não voltará a ser. 
E acima de tudo saber que esta dor de a ver deixar de saber quem é só terminará quando fechar os olhos para sempre. 
Mais uma vez. O que fazer? Aceitar. Está a ser feito tudo para que não lhe falte nada. E eu tenho a certeza que isto acontece em famílias que infelizmente não conseguem proporcionar as melhores condições, o que não é o caso. 
Mas o "sumo", o essencial, não muda. 
É a degradação do ser humano. 
Uma transmutação de ser autônomo e cognitivamente capaz para um ser dependente que não sabe que o é, confuso com tudo o que vê, violento, desorientado.
Porque sem memória somos livros com páginas arrancadas. Não temos história, perdemos a única coisa que reunimos durante a vida. As nossas recordações. Porque , ao fim ao cabo a vida é uma miscelânea de recordações. Sem isso ... nem a dignidade do básico sabemos. E quando acontece numa idade em que normalmente nem nos podemos reformar , sabemos que o universo cometeu um erro. E ninguém quer ser um erro do universo. 

Mãe




 
E um dia percebes que desde o dia do teu nascimento, mais que a ganhar, tens a perder. E não é ver o copo meio vazio, não é que a vida não nos permita criar memórias que nos sejam tatuadas na alma. É que o Amor, esse sentimento que parece vulgar é tão único e raro que quanto mais o tempo passa mais são as chances de começar a perder pessoas para o infinito e não há nada mais assustador que a finitude dos que amamos, já que amar é tão raro e incomum nos dias de hoje. 
Vejo pessoas que se toleram, pessoas que se aturam, e é tão especial ver um relacionamento, seja ele da espécie que for que não seja desequilibrado.
É como se sempre, em todos os casos de afecto, carinho, amor, existisse quem ama mais. Quem venera e o venerado. O interesseiro e aquele que dá sem pedir nada em troca.
Talvez por saber que o Mundo é assim, tão oco e superficial, tenho me afastado aos poucos das pessoas. Para haver um núcleo duro, familiar, que eu priorize, já que venho de uma família em que primeiro se valorizavam os estranhos negligenciando os de casa .
 A vida tira, tira, tira. E o mais incrível, é que muitas vezes tira para nos mostrar  caminhos. 
Já pensaram que se não tivessem passado por todos os caminhos difíceis que passaram dificilmente teriam tido experiências e ligações afetuosas que tanto vos enriqueceram? Ok. Teriam outras, mas, aquelas que tanto valorizam hoje, provavelmente não. 
A vida é sobre o quanto se perde e o tanto que temos que agradecer de ter tido quem perder. 
Porque o sofrimento é o castigo que temos a pagar por Amar. 
Então, e por mais que  custe, o sofrimento da perda, o luto, este vazio que fica, é porque um dia já houve quem o preenchesse. 
 Vai em paz querida São. Esperam-te os teus pais, o meu, e um dia destes, reencontramo-nos. 





Perder




Era uma menina, igual a tantas outras, mas, por dentro sempre se sentiu diferente.  Habituada a olhar para o espelho e a não se identificar com o que via, como se aquele não fosse o rosto que recordasse ter, como se cada vez que visse o seu reflexo desse um salto achando que era outra pessoa que a espiava. Enquanto pequena, a família dizia que era linda, e, para dizer a verdade, era uma criança normal, de olhos tristes e meigos.  A verdadeira tristeza veio depois, quando já tomava o colo do pai por garantido e este deixou de existir. Quando começava a ver na mãe uma amiga e esta decidiu recomeçar a sua vida sem mim. Ficando a viver numa intermitência entre os avós maternos e paternos, que verdade seja dita, haviam sido escolhidos pelo Universo " a dedo". 
Os "avós de Verão", os maternos, aturavam-me durante três meses seguidos, num lugar em que se juntavam pobres e mais pobres ainda, se alugavam terrenos para tendas de campismo, a avó cedia a arca para todos os " rendeiros"( como lhes chamava) e aqui e ali, avó e neta se divertiam com a presença constante daqueles que passavam o ano a sonhar com aquelas férias num pedacinho de terra que lhes arrendava a " ti Mari da Luz", a minha querida avó, que tanto me avisou que um dia , quando ela cá já não estivesse, eu a ia lembrar muitas vezes. Avó profeta , aquela. 
Divertiamo-nos com uns que falavam mal dos outros , entrava um, saiam outros e a lengalenga era igual, só mudavam os nomes. 
A avó fazia limpezas em casa das " meninas de Lisboa", umas senhoras na sua maioria solteironas, quase todas elas licenciadas, filhas de doutores , meninas essas que tinham idade para serem minhas avós e que recordo com tipo muito masculino, a fumar noite e dia. A minha mãe era afilhada de uma dessas doutoras , e levou o nome Margarida em homenagem à madrinha ( sorte a dela, há 64 anos os nomes comuns não eram tão generosos como o que lhe calhou).
Todos os anos , lá ia a mãe ao chamado da madrinha, buscar roupas que as doutoras já não queriam, afinal tinham uma vida desafogada, ou pelo menos mais privilegiada que a nossa, e mais valia partilhar que deitar fora. A caridadezinha fica sempre bem. Nunca souberam elas que éramos bem mais magras e jovens, já agora, e que nada nos caía bem. 
Para além disso, os meus pais sempre trabalharam muito, o que não significava que tinham muito dinheiro, eram funcionários públicos portanto naquela altura, significava apenas que trabalhavam muito. 
E foi aos meus 12/13 anos que, vendo a minha prima com mais um ano que eu trabalhar no verão, comecei também a trabalhar. 
E que descoberta fantástica aquela de fazer algo que me divertia e me trazia o peso de responsabilidade e me possibilitava guardar dinheiro para as roupas de inverno e material escolar. Queria roupas de marca? Comprava com o dinheiro do meu trabalho. Mas tanto serviam as de marca quanto as da feira que tinha sempre coisas girissimas a cem ou duzentos escudos. Feira de Peniche anos 90. Não havia melhor .
Recordo o meu pai já muito doente ir visitar-me ao final do dia, com o sol já baixo, já que o Lúpus lhe dava uma condição de quase vampiro e o seu olhar entre o orgulhoso e o triste. 
A vida era melhor antes? Era. Talvez por isso o meu pai tenha feito um esforço hercúleo para sobreviver a cada crise e poder viver mais e mais um bocadinho. O meu pai chorava compulsivamente enquanto dizia que não queria morrer. Mesmo que a pele lhe rasgasse. Mesmo que o cérebro , a depressão lhe causasse  psicoses que o tornavam violento e agressivo. O meu pai, soube aos 29 anos que teria uma morte lenta e dolorosa. Que aos poucos deixaria de andar, que o cabelo lhe cairia, que os órgãos entrariam em falência, que a pele iria rasgar, escamar, necrosar. Aos 30 anos caminhava de bengala. Depois deixou de andar. 
O meu pai nunca auspiciou grande futuro para mim. Ou talvez fosse a sua frustração a falar mais alto. Anos mais tarde o meu avô, pai do meu pai, sanou todas as feridas, sendo o pai  dos pais, sendo o grande presente do universo para mim. Mostrando vezes sem conta e a cada conquista o orgulho que tinha em mim, na minha inteligência, na forma como as minhas palavras tocavam os demais e o faziam chorar de orgulho e amor, dizendo que tinha a certeza que um dia eu seria alguém. 
Para o meu avô, um homem essencialmente honesto e cumpridor, a minha vida era eu quem escolhia. A única coisa que importava era a minha felicidade. Casada ou divorciada, rica ou pobre, a trabalhar num escritório ou a varrer ruas. 
Para ele, enquanto os meus filhos fossem pequenos era importante que ficassem comigo. Não era ordem , era opinião. Acabei por cuidar dos meus filhos e dele a quem a Alzheimer pregou uma partida, bem cedo. Nem que ele tivesse 100 anos, seria sempre cedo.
Voltando atrás, aos 15 anos, precisamente dois dias após completar 15 anos soube da morte do meu pai, via telefone. 
Eram oito da noite e tinha acabado de falecer. Eu estava sozinha em casa e embora achasse que já estava mais que habituada à ideia que ele não viveria muito mais, nunca ninguém está preparado para ouvir " acabou tudo. O teu pai morreu". Menos ainda aos 15 anos. No dia seguinte, eu e a mãe dirigimo-nos à agência funerária ( nunca tinha ido a uma) e foi-me pedido no interior de uma sala em que os caixões estavam dispostos em beliches que escolhesse um " caixão bonito" para o meu pai. O esforço do agente funerário pouco mais velho que eu e que anos depois se tornaria meu compadre, casando com uma das minhas melhores amigas parecia totalmente descabido. " Caixão bonito? Escolha você ". Fomos com ele a Lisboa buscar " o corpo". Durante a viagem era ensurdecedor o barulho do caixão que balançava na estrada antiga Torres Vedras - Lisboa. Confesso que não consegui retornar com o caixão com o meu pai lá dentro. Não sei quantificar a dor que tinha após ver na morgue o corpo do meu pai disposto dentro do caixão, e ter apertado cada pé, cada não, na esperança que gritasse, como fazia cada vez que algo lhe tocava em tais locais em vida. Mas o rosto dele não mudava. A voz dele não se pronunciou. Era o meu pai morto num caixão com os meus tios avós, os meus avós maternos e a minha mãe à volta a chorarem compulsivamente. E era eu que só tinha 15 anos acabados de fazer. E aquele era o meu pai. O colo , a brincadeira, as histórias .Os meus filhos não teriam avô paterno, eu não teria quem me levasse ao altar. Acabara o dia do pai. 
Luís Augusto Lemos Ferreira. Nascido a 1 de Fevereiro de 1956, falecido a  1 de Junho de 1992.
Meu pai. 
Parece que foi noutra vida. Tenho mais anos sem pai que com pai. 30 anos sem pai. 
Não sou a única ,bem sei. O Mundo esta cheio de histórias de vida onde reina a doença e morte  .
Há muita coisa sobre a minha vida que eu preciso escrever. Ainda não tive coragem. Por respeito à minha mãe que  aos 64 e apesar de não ter sido muito presente se encontra demente, com aylzheimer. 
E é aí, que percebo que apesar de me dar pouco, de ter optado por recomeçar uma vida longe de mim, fez por ela, acho otimo. Se eu faria o mesmo? Não. Mas não, talvez porque não faria a um filho o que me fez morrer de tristeza.
E então, é aqui que entendo que todas as falhas, que todas as ausências, que todas as injustiças que sofri fizeram de mim quem sou hoje. 
Hoje, em conversa com o pai do Santiago, perguntava -me se seríamos nós que estávamos mal no Mundo. Não fazemos mal a ninguém. Não negamos ajuda a ninguém e ultimamente estamos a atravessar uma fase que honestamente? Não mereciamos. Lutar com doenças é uma luta injusta. Não sabemos o que nos espera , mas a amizade que nos une amortecerá toda e qualquer dor. Estamos juntos na educação dos meninos e no bem estar um do outro. Mesmo que separados. 
Se eu pudesse escolher, entre ter nascido e não, terei de ser muito franca. Sinto que toda a minha vida cuidei de alguém. O meu cansaço é tal que se não misturar a minha paixão pela cosmética e pela comunicação, o amor pelos meus filhos, não estou cá a fazer muito POR MIM. 
É que chega a um ponto que não são médicos, psicólogos e psiquiatras que por melhores que sejam te conseguem fazer sentir melhor. 
Tomas Rivotril para fugir à dor, à ansiedade, ao pânico. Mas não estarás a fugir ao frente a frente com as tuas emoções e fracasso?
Os meus filhos. Foi isso que vim fazer a este mundo. Cuidar da minha avó de 93 anos . Do meu Luís Augusto ( marido). Aprender a compaixão com a minha mãe. 
Sabem que é inacreditável. Sempre pensei que nada que acontecesse à minha mãe me pudesse fazer sofrer.
Como estava enganada. 
E é simples. 
A minha mãe não era a mãe de folhetim que faz tudo pela filha mais velha, que sofre, sacrifica , luta por ela. Não. Era a mãe do " desenrasca-te". Lembro-me aos 13 anos ter uma crise de asma que tive que andar agarrada as paredes até ao hospital ao que olhou para mim em casa e disse " estás mal? Vai ao hospital, não tenho nada com isso". Cruel, não? O meu filho de 19 vai-me debaixo do braço para o médico. Mas por mais que tenha custado, sofrido, ensinou-me que eu não seria assim. 
Já não nutro nada de negativo por ela. Foi a mãe que pode ser. Foi a mãe que tive. Apesar disso, sinto tantas saudades da mãe que me aparecia em casa com chocolates para os meus filhos. De dançar com eles e fazer parvoices para os netos rirem.  Da mãe que eu maquilhava para ir para as festas. Que eu pintava o cabelo. Que acompanhava ao Baleal para que tratasse o pai acamado. 
Agora tenho uma mãe que não me conhece, que me é ríspida, que já não existe, que não passa de um envolucro de uma bala extinguida há muito. 
Tenho sim, um padrasto incrível, que foi provavelmente o melhor que aconteceu na vida dela, por quem sempre foi completamente apaixonada, a quem eu admiro e sou grata .
A vida é uma merda amigos. Não vale a pena romantizar. Gostava muito de não achar isto. De passar para os meus filhos uma ideia diferente, e acreditem que os educo fazendo crer que podem ser quem quiserem. E acredito nisso. São muito mais inteligentes que eu era. Têm muito mais amor. 
E se eu venci em alguma coisa na vida foi a dar todo o amor materno possível e imaginável. 
Não os estraguei. Tornei-os seguros das suas capacidades, defendo-os de tudo e todos que os queiram magoar e vai ser assim até ao último dia da minha vida. 
Vida essa dedicada aos homens da minha vida. Ao meu Gastão, aos meus Luises, Santiago e Henrique. 
Se não te identificas com nada disto, não faz mal. Temos todos vidas diferentes. 

Desabafo


SÃO 5 DA MANHÃ E AINDA NÃO DORMI
Tropecei, sem querer, numa notícia de 25 de Novembro sobre a  última polémica da marca espanhola BALENCIAGA. 
Dizer que fiquei chocada é pouco. . 
Nos últimos anos , a BALENCIAGA tem sido notícia pelas suas malas caríssimas idênticas a sacos de lixo pretos. Pelos seus ténis destruídos que fizeram sucesso entre as celebridades. E por mim tudo bem. Chamem arte aquilo que bem lhes apetecer. Ou não. 
E  quanto a isto existe controvérsia, porque há sempre quem entenda que a arte não pode ter limites . Na minha opinião, desta vez a BALENCIAGA foi longe demais.
 Usou crianças para a promoção de suas novas malas em peluche que vêem com adereços sado-masoquistas. Na mesma campanha estava uma trela, em cima da cama, e decerto não era para o cão, já que não existia nenhum.
Vê -se também,  a adornar uma mala da marca, por baixo, documentos de  acusação num processo de abuso de menores, e um livro de um senhor que dizem ser artista, cujas obras tendencialmente contém crianças, sem roupa. 
Perante a indignação e as opiniões à volta do Mundo, em especial por parte de celebridades, a marca retirou tudo do site e veio pedir desculpas. 
Desculpas não aceites. Falamos de adultos. É preciso que exista quem mostre indignação para que uma marca com um posicionamento forte no mercado (e uma marca não é uma pessoa, pode esta campanha ter passado por dezenas de pessoas antes de vir a público, e ninguém, absolutamente NINGUÉM viu nada errado?) haja assim. Romantizar a pedófili@? Usar, objetificar crianças vulneráveis para serem a cara de uma campanha que usa práticas sado-masoquistas para vender os seus produtos? Por mim podiam usar até vibradores na campanha mas nunca, em hipótese alguma , crianças. 
E os pais daquelas crianças? Sabiam decerto o teor das fotos . É o derradeiro "vale tudo". 
Tento entender o ponto a  que chegamos.
A insensibilidade.  Mais que um pedido de desculpas a marca deveria ser obrigada a pagar uma quantia substancial para uma associação que proteja crianças vulneráveis. A dar parte dos seus lucros mensais a quem precisa. 
É impensável que uma ideia destas tenha sequer passado do papel, de um esboço num computador, de uma reunião, para obter a aprovação de todos aqueles que tinha que ter para que saísse a público. 
Se quando saíram as malas-lixo e os tênis rotos envelhecidos achei que a marca tinha perdido a noção do ridículo , começo a achar que vai para lá do ridículo. Não temos que ser moralistas mas as crianças , a violência, o abuso, não podem nem devem ser usados como teasers ou fetiches aceitáveis. 

BALENCIAGA


Adorei a série Dark , na Netflix. 
Completamente original, fora da caixa, cerebral, conheço quem a tenha assistido com papel e caneta ao lado, de tantos os pormenores que desatam os nós da trama. 
Agora, chegou 1899, uma série que se podia chamar "Torre de Babel Flutuante", sendo que se passa num navio que leva emigrantes europeus dos mais diversos países para Nova Iorque.
 A base do enredo tem  alguma verdade, uma vez que houve de facto um boom na emigração para os Estados Unidos nessa época e também é facto que nem todos os navios chegaram ao seu destino, tendo sido um mistério desde sempre. 
Os criadores de Dark, decidiram então " explicar" por meio de universos paralelos , muito mistério, suspense, mortos a rodo, o que poderá ter acontecido . 
Obviamente que numa versão bastante alternativa e de nos por os neurónios à porta do médico de família para pedir baixa, sendo que quando achamos que percebemos algo essa descoberta não é mais que um novo mistério. 
Interessante? Sim. Tão bom quanto Dark? Nem por sombras. No entanto, conta com actores conhecidos , sendo que um deles é português e parabéns, não é sempre que colocam um português a fazer de português.
 A ele,  ao jovem José Pimentão, faço -lhe uma vénia, porque sabe ser irónico e muito " tuga" com as bocas que vai mandando ( e que mais ninguém percebe já que por ali se fala polaco, alemão, espanhol, inglês, mandarim, etc) e muito convincente nas cenas dramáticas. 
Valeu por isso. Agora, aguardam-se mais temporadas. Logo agora que estava a começar a gostar...

1899




Às vezes fico incomodada com a facilidade que tudo o que é mau é atribuído em termos de gozo aos bipolares. É má mãe? É bipolar. É invejosa? É bipolar. É cusca? É bipolar. É puta? É bipolar. É assassina? É bipolar. 
Não! Bipolaridade não é uma psicopatia. É um transtorno. Uma perturbação. Se pode dar a impressão que somos loucos quando não somos medicados? Bem, se estivermos bêbados, tal como todo o comum mortal pode ser confundido mas bipolaridade é alguém que tem dois estados de humor. BI+POLAR. Um polo eufórico,consumista , compulsivo ou em caso de ser uma bipolaridade tipo II nem se dá por esta fase, denominada de mania, a fase em que o cérebro funciona muito mais depressa, somos mega criativos, conseguimos fazer mil coisas e quase não dormimos. E o outro polo, aquele em que nos sentimos tão mas tão tristes que queremos apenas MORRER. 
O doente bipolar é o doente com maior probabilidade de cometer suicídio quando não medicado, porque o pólo negativo( por assim dizer) é insuportável.
Por isso, não digam disparates sem saber do que falam porque a avaliar pelo estado mental global serão diagnosticados cada vez mais  bipolares e comentários destes são completamente ignorantes. 



Já assumi publicamente que fui diagnosticada em 2018 com Transtorno Afetivo Bipolar tipo II. Ao contrário que possam pensar foi um alívio.
Só conhecendo o problema podemos equacionar uma solução e depressões recorrentes desde os meus 23 anos é sinónimo de muitos médicos especialistas. 
E nunca me senti tão melhor como seria esperado, com a terapêutica.
Em 2017 falece o meu avô, e com ele foi toda a alegria. Em 2018 começam em vários momentos do meu dia, sempre que tinha uma contrariedade, uma vontade incrível de desaparecer para sempre. De querer desligar-me para não sentir mais sofrimento.
Essa vontade compulsiva, esses pensamentos obsessivos quando ao mínimo problema só vemos como solução a morte, são chamados de Ideiação suicida. E a ideiação suicida não mais é que um SINTOMA , um alerta e quando percebi isso, aprendi que não é uma vontade minha. Tento sempre " ver de fora" e assim tornou-se inacreditavelmente mais fácil de contornar a situação. 
Desde o início com o estabilizador de humor, que sei que terei de tomar toda a vida, notei uma diferença tão grande que parecia que do dia para a noite tinha passado de criança para adulta. 
Confesso que às vezes ainda me sinto triste, ansiosa, mesmo sem motivos novos, mas olhando para trás lamento muito não ter tido o diagnóstico mais cedo. Eu sofria horrores comigo. Não prejudicava os outros, fechava-me em mim, mas sofria de forma tão feroz e dolorosa que não conseguia ver razões para continuar. 
O nosso cérebro tem a sua química, e nós somos seres marcados pelo nosso passado, e o nosso  ADN são aspetos que quando em sintonia facilitam de forma orgânica perturbações do foro mental. 
E se antes, éramos todos saudáveis e havia um ou outro " louco", agora, parece-me que os lúcidos são os que procuram ajuda e os
 " loucos" os que se negam sofrer de qualquer patologia.
A verdade é que se tivermos em conta os últimos anos, é muito difícil encontrar alguém que não seja ansioso, ou que não sofra de insónia, stress. 
E depois, existe um infinito número de doenças como o hipotiroidismo , a carência de algumas vitaminas que podem resultar numa depressão.
Não é vergonha tratar do " erro de Descartes"
( que achava que uma coisa era o corpo e outro a mente, o corpo inclui a mente, são intrínsecos e um depende do outro). Há que começar a admitir , nem que seja para connosco, que precisamos de ajuda.
E saber que vai correr tudo bem. Porque no fim, tudo acaba . E não vale a pena adiantar o processo. 

Suicidio


Hei-de morrer agarrada às minhas dores de infância, às minhas perdas, porque, sofrer é o preço que se paga por amar. E no fim, ainda que para a morte, acabamos sempre por perder alguém.
Infelizmente aprendi cedo demais , não a lidar com a perda, acho que nunca tal aprenderei. Sou daquelas pessoas que prefere nem saber que alguém lá longe morreu porque honestamente, tenho tamanho trauma com a morte, que sofro por todas elas. 
Em 2020, por exemplo, faleceram várias amigas da minha mãe, todas na casa dos 50, 60 anos , referências da minha infância, uma vez que durante os meus primeiros anos de vida, e devido ao facto de os meus pais terem sido pais muito jovens ( 19 e 21) ser a única criança " arrastada" ( e muito feliz por isso) para os encontros semanais nas ensolaradas esplanadas no centro de Torres Vedras. 
Eram então pessoas minhas. 
Os amigos e amigas dos meus pais. 
E eu sentia aquela atenção, o afeto, o mimo, e era uma excitação imensa andar naqueles cavalos ou aviões ou motas em que se metia uma moeda e largava de impulso para a frente e para trás, numa chinfrineira infernal, geralmente em formato de música do Avô Cantigas ou da Suzy Paula. E um a um, iam-me dando moedas, para que andasse uma e outra vez, ou para que fosse buscar um ovinho na máquina que parecia ter sempre presentes maravilhosos mas calhava sempre algo completamente ao lado. 
Como já devem ter percebido sou nostálgica e já me conformei com isso. 
É uma característica, não é sinónimo de negativismo, é saudade pura. 
Tive momentos muito felizes até aos meus seis anos. Incrivelmente felizes.
 Bendita seja a minha memória que permitiu que a cada tempestade pudesse olhar para trás e perceber que o sol também existe. 
Ainda me sinto aquela menina de quatro anos que detestava ir para o jardim de infância. Fiquei até aos 3 anos com a minha mãe em casa, fui criada pelos meus pais, avós e a minha tia , irmã do meu pai e talvez por me ter sentido tão amada até ao início da doença do meu pai, tenha sentido tanto o choque da realidade. 
Da menina que ia para Lisboa de comboio com o pai, a quem a tia, professora primária levava aos passeios da escola, antes mesmo de andar na primária, que andava no ballet e se sentia uma princesa, que tinha um quarto recheado de brinquedos que aqui e ali me ofereciam, comprados na feira mensal (  que isto há 40 anos era o mais perto do luxo que existia para quem morava numa pequena vila( na altura) da província).
Por vezes acho que fui buscar aos meus pais a criatividade, a capacidade de sonhar.
 Que apenas em muito novos tinham. O meu pai construiu-me uma casinha em madeira, enquanto que a minha mãe comprou mobílias em miniatura para que mobilasse aquela que foi a mais linda casa de bonecas que já existiu
( afinal foi feita pelo pai, decorada pela mãe).
Estava tão longe de imaginar as cambalhotas e perdas pelas quais passaria. 
Foi como se me roubassem o chão. 
Deixar de sentir a proteção por uma fatalidade que obrigou toda a gente a viver de forma diferente foi e ainda é uma perda irreparável na minha vida, e ainda não aprendi a viver com isso, apesar de décadas de terapia. 
Quando o meu primeiro filho nasceu, há 19 anos, o meu avô, um senhor sábio, austero, sofreu uma " metamorfose" de carácter. De repente , e voluntariamente a razão da sua vida chamava-se Henrique, tendo-lhe dedicado a existência até ao dia em que deixou de respirar, há quase cinco anos. 
Os cinco anos mais desoladores da minha vida. 
Penso que temos sempre os nossos pilares. Alicerces. Aprender a viver com a ausência da figura mais próxima da vida não era novidade para mim, mas, talvez por ser agora mais madura, houvesse mais alma para escurecer. 
Depois do meu amado avô morrer, tive mil arrependimentos.
 Que não devíamos ter internado o avô num lar aqueles últimos meses.
 Mesmo sabendo que lá ele teria cuidados médicos e de enfermagem que em casa nos era impossível dar. 
Mesmo sabendo que vivia com a avó também muito velhinha, a minha jovem de 93 anos, rija que nem um pero, e que quando caía, de madrugada, lá vinha eu de casa, lá longe, não sei bem se a dormir, se acordada para levantar o avô que estava confuso, caído no chão e não se conseguia levantar. 
Mesmo sabendo que tantas vezes quando ia buscar o mais velho à primária e o mais novo à creche, passava no lar para o trazer também, enquanto andava em centro de dia e ele me aguardava com inquietação e  abria os braços e brindava com um abraço grato. 
Às vezes, quase sempre , quando me lembro que não estava lá a dar-lhe a mão, a última vez que respirou, sinto uma culpa, uma tristeza de um tamanho que não consigo qualificar, como se fosse um peso que me afunda que carregarei para a vida, porque tenho a certeza que lhe teria sido mais fácil. 
Ele tinha a mesma dependência de mim que eu tinha dele. Só que ele sabia ser dependente do meu amor, eu tive a enorme noção disso naquele dia em que tive a certeza que não voltaria a ver o seu olhar e sorriso. 
Vivemos para dar aos nossos filhos o melhor , para os ajudar a ter uma vida honesta, honrada, feliz, fazemos sacrifícios pelos filhos , esquecendo tantas vezes que lá atrás, alguém fez o mesmo por nós. E quando esse alguém volta a ser dependente, não temos tempo. Não temos vida para isso. 
Dediquei os últimos anos da minha vida aos meus filhos e aos meus avós. Não me arrependo por um segundo. Apesar de ser trabalhadora independente e de já ter visto melhores dias , não é possível a acumulação do estatuto de cuidador informal. Ou seja, tomo conta da minha avó, mas não tenho direito a uma compensação que teria se não fizesse descontos, independentemente de auferir ou não alguma coisa todos os meses . Portugal, o país que castiga quem  faz descontos para a segurança social. Mais valia cessar atividade, cruzar as pernas , pedir RSI , estatuto de cuidador informal e o PSI, já que problemas de saúde crónicos não faltam. Mas não. O meu avô tinha orgulho de mim. Sempre me disse que tinha a certeza que ainda ia ser alguém. 
E sou. Uma mulher que cuida dos seus. 
No nosso país toda a gente se esquece que um dia seremos nós os esquecidos num lar. Se bem que o meu avô, o pouco tempo que o frequentou teve visitas praticamente diárias, mesmo sendo o lar em outra localidade. Decidimos confiar nos cuidados do lar onde o pai do Luís Santiago trabalha há mais de 30 anos, até porque o meu avô e ele tinham uma ligação de pai e filho e era a forma do avô se sentir sempre perto de alguém " dele". 
A saudade é isto. É aquele aperto no peito que te faz fugir de uma série para o blogger para " desembuchar" o que asfixia. 
Meu querido avô. Nem a morte nos separa. Nem a morte apaga o amor que nos une. 
Sou uma privilegiada por ter-te, ainda que não te possa ver, na minha vida. 
Hoje e sempre tua,
Ana. 

Meu querido avô


Tornei-me numa daquelas pessoas que, quando tem um tempinho livre percorre o YouTube para ver vídeos sobre crimes, cães, gatos, concursos de talento e, sem saber bem como caí na gigantesca teia dos vídeos de futebol, e por consequência, na sua esmagadora maioria, que bem ou mal, falam de Cristiano Ronaldo. 
Para mim, que, apesar de não ser uma adepta de futebol ferrenha, sempre estive rodeada de amantes de futebol, acabei por seguir o 
" menino de ouro" da nossa nação. 
E se nos primeiros anos era aclamado por todos os portugueses, uma altura houve em que era chamado de egocêntrico, narcisista, recebendo críticas e comentários a cada desgraça que acontecia no Mundo que " o Cristiano Ronaldo é que devia ajudar, tem tanto dinheiro".
O enorme mal do ser humano é querer ver os outros bem mas não suportar ver ninguém melhor que ele. E Cristiano não estava apenas melhor que a maior parte dos portugueses.
 O madeirense conquistou o Mundo, ocupando os media de todo o globo, que ora o elogiavam pelos seus gestos meigos para com os fãs, ora o crucificavam pela forma como algumas vezes se desleixou e se descolou do deus que todos querem que seja e fez algo que homens na sua posição não devem fazer. 
Cristiano Ronaldo já deu provas que não é um ser humano comum.
 Dedicou a vida a entreter pessoas de todo o mundo, sendo inspiração para crianças que tantas vezes não têm modelo a seguir. 
Cristiano mostrou que é possível vir do nada e tornar-se um deus no meio dos homens, independentemente de jogar ou não futebol.
 É quem acumula mais seguidores nas redes sociais e eu diria, sem grande dúvida, mais inveja e ódio. 
Cristiano está com 36 anos? 37? Começa a ser chamado de " velho" , Manchester United está praticamente a oferecê-lo a quem quiser ficar com ele, como se de um momento para o outro o ser humano passasse de deus a algo avariado, que já não serve.
Desde o reconhecimento público de Cristiano Ronaldo que jogadores dos  quais se dizia serem o " próximo CR7" foram uma espécie de one hit band, aqueles grupos musicais que lançam um hit que se torna tendência durante uns tempos e nunca mais ninguém ouve falar, porque vivem o resto da vida à sombra dessa fama, dos royalties e desaparecem. 
Sou capaz de me lembrar de uns cinco ou seis jogadores que foram uma espécie de OHB.
Mas alguém os crítica? Alguém se incomoda com o facto de não terem singrado? 
É aí que está o problema.
 Cristiano Ronaldo não é apenas o melhor do Mundo, Cristiano tem algo muito raro no futebol português, melhor, Mundial.
 Cristiano tem carisma, é meme, é sinal de respeito, de vitória, superação, de família, de homem- máquina, de alguém suprahumano, sobrenatural, divino   
Eu não sei onde está a admiração  àquele olhar que quase mata quando as coisas lhe correm mal, que interaja com o público quando o vaiam, que se ache um conquistador maior que os navegadores, já que o CR7 , queiram ou não, gostem ou não, colocou Portugal no mapa. 
Do que transparece, para além de uma pessoa extremamente focada na sua performance, forma física ( vejo mulheres magras não me dá a mínima vontade de fazer exercício, vejo o corpo do Ronaldo e sinto-me culpada por não procurar estar melhor, ter uma condição física mais saudável, maior mobilidade, viram os saltos daquele homem???), parece ser ótimo filho, pai, marido, irmão, amigo. O que é que queremos mesmo mais dele?
Do fundo do coração, desejo que continue a sua carreira e reencontre uma equipa que o estime, para que possa continuar feliz no futebol. 
O dinheiro que ele tem não nos diz respeito. 
Se tem muitos ou poucos filhos , se tem uma frota de carros de luxo, nada disso é importante para nós que somos apenas plateia para a vida dele. 
Porque se está no palco, é porque trabalhou para isso. Merece. 
Que nos alegremos com as conquistas daqueles a quem admiramos. Que não permitam que alguém bestial passe a besta.  

Cristiano Ronaldo


Foi certamente das primeiras mulheres que achei ter uma beleza sobrenatural, eu, que só tinha por bela a minha mãe, loura de olhos miosótis.
Brigitte Bardot arrebatou o mundo do cinema com a sua beleza e atrevimento, apesar disso, cedo se retirou protagonizando um apoio aos animais que na altura era raro.
Cabelos muito louros, ar indiferente de lolita, quase inexpressivo mas sedutor, como se de uma Deusa se tratasse, e aquela beleza irrepreensível, inatingível na qual milhões de mulheres se inspiram desde sempre. 
Os olhos muito maquilhados e o batom cor de boca que lhe confere o olhar penetrante e traz para os seus lábios alguma inocência.
Sempre quis recrear um look  de B.B.
Mas nunca me atrevi a fazê-lo. Um dia destes, sem nada que fizesse adivinhar, enquanto edito fotografias apercebo-me que há ali uma semelhança com alguém. 
Partilho convosco. 

Brigitte Bardot

Brigitte Bardot


Um pouco à semelhança de Setembros passados, este mês ( que pessoalmente não é um mês pelo qual nutra grande simpatia) traz dias menores, subida de preços em bens e serviços ( que tem sido uma constante desde o início da pandemia, ao contrário de quem aponta a guerra na Ucrânia como  bode expiatório), uma compensação em forma de cheque do governo para enganar tolos e a partida da Rainha de Inglaterra.
E o Mundo chora esta rainha que faz notícia desde que me lembro de ser gente, passando agora as atenções para o seu filho Carlos e para a Rainha Consorte Camilla Parker Bowles.
É de Diana de Gales se revirar no túmulo, mas, são maiores e vacinados e acredito que tudo não é mais que fruto da eterna hipocrisia da coroa britânica, e da sua preocupação com o parecer mais do que do ser. 
Em Belém, Costa anuncia medidas que supostamente deveriam ajudar os portugueses, especialmente os pensionistas, que em Outubro levam mais meia pensão de ordenado, devendo esse montante ser suficiente para atenuar os aumentos de preço.
O mais interessante são os aumentos para os pensionistas, com uma percentagem de pouco mais de 4% , sem qualquer tipo de diferenciação ganhe o pensionista 300 ou 2500 euros. 
Independentemente dos descontos feitos, um pensionista de 300€ precisará muito mais de um aumento proporcional à sua pobreza que um que vive com 2500€ mês. 
É uma política pro classe média, quando pensamos que quem vive com 300 euros /mês dificilmente consegue fazer frente às suas despesas e tem que escolher quais os medicamentos de que mais precisa. 
Como já referi várias vezes, fui criada por avós maternos na altura das férias que passava na sua casa no Baleal, onde passei os melhores tempos da minha vida e em casa dos meus avós paternos que me acolheram em criança após o falecimento do meu pai.
Enquanto os meus avós paternos sempre trabalharam para o estado, o meu avô como chefe de secção de alguns ministérios por onde foi passando e a minha avó como telefonista, os meus avós maternos , analfabetos foram ensinados pelos dias de frio e humidade e pelo sol enquanto trabalhavam no campo, no mar, a dar serventia a pedreiro, a servir em casa das senhoras doutoras.  A minha avó sempre foi doente, diabética, cega de um dos olhos, mas era das pessoas mais alegres que conheci. O meu avô acabou a vida acamado por mais de oito anos após nem sei quantos AVC, era alcoólatra, mas daqueles inofensivos que só dizem e fazem disparates.
Muito trabalho. 
Quando dizem que cada um tem o que merece e que quem faz o bem colhe o bem, lembro- me sempre destes avós, que passaram fome, lembro -me de ser pequena e da minha mãe lhes ir levar azeite, ovos, leite , carne e deixar dinheiro porque não tinham o que comer. 
Eram pessoas queridas por toda a gente. 
Nunca foram compensados pelo trabalho escravo que faziam, pelas lágrimas derramadas, pelas pessoas que ajudaram, pelo amor que deram. 
A casa dos meus avós estava sempre aberta para quem precisava, lá se arranjava um prato de sopa, uma cama para quem não tinha onde ficar poder descansar. 
São os que menos podem ,os que mais ajudam. Porquê? Porque sabem o que custa. 
Como cantavam os Green Day, " wake me up when September ends".

Baleal

Baleal


Não sei se é da idade, ou da época pela qual passamos pós-pandemia, que nos entorpeceu, afetou e ainda afeta.
Acho que saímos todos disto com a sensação de que somos sobreviventes, heróis e que nada nos derruba.
De facto, 2020 foi um ano que mudou o Mundo. A era moderna desconhecia o confinamento na sua forma empírica. 
Era o tipo de coisa que acontecia lá longe, no tempo e na distância.
A sensação que tenho é que todos nós fomos afectados. " Vai ficar tudo bem"- diziam.
A pandemia " terminou" no dia em que a Ucrânia foi invadida pela Rússia. Mais um drama. Desalojados, mortos, feridos, refugiados e um Mundo inteiro de braços abertos para receber ( e bem) aquele povo já tão massacrado.
Relaciono-me com pessoas ucranianas e tento sempre saber qual a sua perspetiva perante o que se está a passar.
Incrivelmente, os ucranianos na sua maioria, os que vieram refugiados e os que já cá viviam não têm a mesma impressão que "nós" temos do seu presidente. Consideram-se meros peões numa guerra gananciosa entre um louco e alguém que implora por atenção e protagonismo.
Sabemos que em qualquer guerra do Mundo , são os civis os mártires. Não são os que declaram a guerra nem decidem lutar. São os que se limitam a viver as vidas deles sem qualquer pretenção política .
Depois, vejo o nosso país que me parece um novo Brasil no que a misturas culturais diz respeito, e eu acho fascinante, não fossem os portugueses emigrantes, que tenhamos a capacidade de receber tanta e tão diferente gente.
Posso dizer-vos que onde vivo , Torres Vedras, temos de paquistaneses, brasileiros, ingleses, angolanos, romenos, moldavos, russos, ucranianos e chineses e pouco mudou com isso. 
Existe efetivamente uma espécie de deslumbre por parte de algumas nacionalidades pela diferença cultural. O facto das mulheres usarem saias curtas, decotes causa alguma estupefacção a alguns homens e por vezes agem de forma desagradável. 
Acredito que a emigração não deveria ser apenas uma questão burocrática mas algo combinado com uma aprendizagem dos costumes e modo de vida do sítio para onde nos vamos mudar. 
Já se dizia " Em Roma, sê romano".
Noto uma diferença incrível de quando comecei a trabalhar para a forma como vejo algumas pessoas trabalhar. 
Fui trabalhar para ganhar dinheiro, obviamente , para ter modo de sustento mas inerente a isso fui trabalhar para me sentir útil e ajudar.
O meu primeiro trabalho durou um mês e meio num call center , onde a chefe me dizia que eu tinha nascido para aquilo mas eu odiava ter que impingir visitas para compras de aspiradores que custavam 400 contos. A parte melhor era quando atendiam idosos e me contavam a vida toda e terminavam sempre com um " foi tão bom falar consigo menina".
Depois fui então para uma clínica dentária com imensos médicos e sub especialidades e adorei ser assistente. Quando não estava a ajudar um médico estava a ajudar outro ou na recepção ou na esterilização, ou a confirmar consultas ou a atender telefones. Todas trabalhávamos assim, aprendemos a ser polivalentes e honestamente? Foi enriquecedor. Estive bastantes anos ali e guardo o grande carinho pela profissão.
A ideia que eu tenho é que agora as pessoas não são tão polivalentes. E que se faltar uma pessoa, há um trabalho que fica por fazer. Enquanto dantes dávamos o litro e trabalhávamos mais rápido para chegar a tudo. 
Hoje aconteceu-,me uma situação desagradável ,ao renovar o contrato da internet foi -nos prometido um prémio que seria entregue hoje. Ligando para lá , a funcionária disse que ia tentar passar a ligação ao colega que nós atendeu. Depois de quase uma hora em espera disse que ele não estava, portanto não nos podia ajudar. Então mas, numa Vodafone inteira existe apenas um funcionário capaz de resolver um problema que nem problema é?
Depois eu sou das " antigas". Detesto que falhem com a palavra. Acho que as empresas perdem muito com as atitudes ou falta delas por parte dos seus funcionários.
Nada ficou resolvido. A única coisa que será resolvida é uma rescisão de contrato. 
Já não vinha ao blogue há uns tempos.
Hoje aproveitei para falar de tudo e mais um pouco. 
Atualização

 
Não são férias no sentido lato da palavra. São idas à praia. Em que me divirto com o único filho que aceita ainda acompanhar a mãe. Sejamos sinceros, quem aqui aos 19 anos ainda andava com os pais atrás? Eu não. E era uma peste quando comparada com os meus filhos. Às vezes questiono a razão pela qual me calharam filhos tão decentes e comportados. 
Certo que antigamente , não havendo a loucura das redes sociais a única hipótese de diversão era viver tudo presencialmente e era TÃO BOM! 
Que seria de mim sem os namorados que tive aos 19 anos? Agora que penso nisso, acho que seria menos " trouxa". Mas foi bom! Chorar por " amor", sentir aquela alegria adolescente da paixão que não se volta a sentir da mesma forma. 
Ao mesmo tempo, imagino-me se tivesse calhado uma Ana Marta cá em casa. Eu que sou tão mãe galinha ia enfartar a primeira noite que me aparecesse em casa apenas no dia seguinte...
É que não fazia nada de mal. Vá, uns copos, e dançar sem parar. De vez em quando lá tinha que sair com o namorado , e isso era um bocado aborrecido. Porque aos 19 não era para namorar. Era para ter aquelas paixões ( e eu tive tantas graças a Deus) em que se chora e pensamos que vamos morrer de dor e depois ele aparece -nos à frente  e quase vamos desta para melhor. 
Tive tanta sorte nesse aspeto. Namorados incríveis, sempre me trataram como a rainha que sou ( ahaha). Sempre me mimaram muito. 
Às vezes questiono o meu estado mental daquela altura. Que assim que conseguia que o desgraçado se apaixonasse perdia o interesse.
Depois era muito de amores impossíveis. Ele lá longe, eu aqui. Ele de uma família rica e eu rainha da plebe. Ou o australiano que era o Brad Pitt chapado e que eu recordo com um orgulho, quase de ostentação. Caraças. Os homens bonitos ( muito bonitos mesmo) sempre foram a minha desgraça. 
E o Julian, alemão, cara de Keanu Reeves, enquanto as amigas não arranjaram maneira não descansaram. É que nós nem queríamos!!
Aos 23 acaba-se a vida louca e aos 25 nasce o meu primeiro filho. 
E a vida continuou. Com alguma loucura, felizmente.
O engraçado é que vim a reencontrar-me com alguns desses amores mais de 20 anos depois. E... a vida é muito estranha. O coração dá um salto, mas por dentro as batidas já são só minhas. 
Se o sorriso me desarma, as palavras fazem-me desejar que o tempo passe mais depressa. 
É. A grande falha ao escolher alguns dos namorados foi não preocupar-me em ter alguém que me estimulasse intelectualmente. 
Estou para aqui a pensar e , ou esse estímulo é mito, ou andei sempre a atirar ao lado...
Boas férias! Prometo voltar com mais  frequência. 

Namorados e férias


Chega a uma altura que temos que tomar decisões. Alterar as nossas prioridades. Não, não vou acabar com o blogue, ainda que pouco escreva nele. Vou mudar a minha vida, se Deus quiser para muito melhor. E vocês, que sempre estiveram comigo vão acompanhar-me. 
 Decidi passar a pensar em mim. Se quero valer a todos, tenho que me cuidar em primeiro lugar, certo? Demorei 45 anos a aprender, mas cheguei lá. Mais vale tarde que nunca.



Marta Veloso

 

 


Até que ponto, a liberdade de expressão que hoje em dia é tão falada  permite que qualquer pessoa possa dizer as maiores barbaridades? Bem sei que não somos todos iguais, no entanto se falamos de respeito, e se quem diz barbaridades merece respeito e dizer o que sente, também eu tenho a liberdade e o direito de opinar. 
Sinto-me muito desiludida com o Mundo em geral.  Cada vez vejo distinguirem menos o bem do mal. Cada vez existem mais quezílias, menos harmonias. 



Marta Veloso


Conhecida por ter " costas largas" no Mundo de quem sofre de excesso de peso ou obesidade, a glândula tiróide que se localiza na zona do pescoço, quando em desequilíbrio interfere com o bom funcionamento do nosso organismo, podendo ser a razão de fadiga crónica, enxaquecas, pele seca ,menstruação abundante, dificuldade na concentração e falhas de memória, sensibilidade ao frio, queda de cabelo e /ou  da parte externa das sobrancelhas, enfim, um sem número de sintomas como a hipertensão, inchaço nos pés e tornozelos, uma dificuldade tremenda em emagrecer.
Vou contar-vos a minha história. Após um dia inteiro com uma enxaqueca incomum  que cheguei a pensar que morria, fui às urgências e depois de me fazerem todo o tipo de medicação intra venosa e me sentir completamente num Mundo paralelo, drogadíssima, me rir feita parva que a dor mantinha-se , acompanhada de um quase estado de delírio resultado da medicação, o médico decide que eu deveria ser observada por um otorrino, que felizmente estava de serviço e é o melhor otorrino de todos os tempos, conhecendo-o desde muito pequena.

O senhor  olha para mim, afasta-se um pouco, depois  faz palpação no meu pescoço e diz calmamente " Tens uma tiróidite". Vais descer às ecografias que quero confirmar. 
Confesso que fiquei espantada. Com um olhar  colocou logo a hipótese de ter um problema na tiróide e com a palpação fez um diagnóstico ? 
Já no andar de baixo, na sala das ecografias, uma médica, depois de me encher o pescoço daquele gel que todos adoramos ( blergh) , colocou o aparelho  da eco , olhou para o ecrã e disse " pois, pois. Estás com uma tiróidite autoimune. Tens a tiróide toda destruída".
Decidi então marcar com uma endocrinologista para saber o que fazer, como lidar com isso, atribuindo logo o meu excesso de peso à malvada da tiróide. O facto é que o hipotiroidismo dificulta realmente a perda de peso, e pode ser responsável por alguns KGS a mais, uma vez que mexe com o metabolismo.
A endocrinologista na altura disse-me que apesar de estar com a tiróide destruída ainda estava funcional, pelo que era cedo para implementar qualquer tipo de medicação para compensar o esforço da tiróide. 
Em Novembro, quando estive com o meu filho internado em Santa Maria, e apesar de correr para cima e para baixo, de não parar um minuto, de me alimentar pouco e mal, notei que o meu peso tinha aumentado " do nada". Como entretanto comecei a ser seguida em nutrição e reumatologia em Santa Maria foram-me marcados um sem número de exames que fiz em Janeiro, mas aos quais só tive acesso em Abril. E lá estava. A TSH bem mais alta do que seria suposto. 
Seguida pela médica de família comecei a tomar o Euthirox 0,25 que passados quase três meses pouco alterou os meus níveis da TSH. Decidi marcar na Endocrinologista para ser bem seguida. 
Sou muito curiosa no que respeita a questões relacionadas com a saúde então , tenho lido imensos estudos, nos quais é explicado que não é apenas a medicação que entra na nossa vida. É o exercício físico, que confesso que com as dores crónicas e o cansaço é uma luta diária, e, a base de tudo, a alimentação. 
Para além disto, e sabendo que os suplementos são uma mais valia em doenças da Tiróide decidi começar a tomar o  Thyroid Balance da TummytoxThyroid Balance da Tummytox. 
É um suplemento alimentar isento de hormonas , com ingredientes naturais que promete ajudar no stress, equilibrar as hormonas da tiróide, aumentar a perda de peso, os níveis de concentração e energia e fortalecer o cabelo e a pele.
É especialmente formulado para quem sofre de hipotiroidismo, uma vez que combate o metabolismo lento. 
Com: Magnésio, zinco, manganês , selénio, guggul, manjericão sagrado, schisandra, L-Tirosina e iodo ( na quantidade recomendada diariamente) estas cápsulas que podes fazer de manhã e à noite vão efetivamente ajudar-te, especialmente na reposição de ingredientes que a tua tiróide tanto necessita.
A tomar estas cápsulas há cerca de uma semana, e sabendo que uma coisa não substitui a outra, até porque provavelmente a dose do Euthyrox que tomo não está ajustada, digo-vos que o que sinto , para já é um aumento de energia e penso que posso " culpar " o Thyroid Balance por tal. 
Prometo ir dando notícias, sobre o processo.
Podes comprar este e outros produtos da Tummytox, no seu site e usar o meu código de desconto MARTAV. Se comprares, diz-me para que possamos ir falando dos resultados!

Thyroid Balance



Foi através  da aplicação  SHEER ME, que instalei no telemóvel  que conheci o Cabeleireiro que mudou a vida dos meus cabelos, o Alex.
Tenho a dizer-vos que tanto o Alex como o Pedro, são  formadores L'Oréal,  portanto trabalham com a marca, estão  em constante formação e como que trouxeram a " tecnologia de ponta" que eu desconhecia existir a nível  capilar . É  possivel descolorar sem estragar, é  possivel quase tudo ,hoje em dia. Todos os elogios que faça  ao Alex são  poucos. Sabem os cabelos maravilhosos que vemos no Pinterest? Ali é  igual. Milagres acontecem. 
Quero falar-vos também  na Sheer Me, que é  uma aplicação  com uma rede de serviços  em constante crescimento  uma especie de Zomato da Beleza e Bem estar. Ao instalares a aplicação  é-te oferecido um primeiro saldo assim que colocares o código  de desconto MARTA5  em carteira. 
Na app vais encontrar os serviços  disponiveis na tua zona e poder fazer na propria aplicação  a marcação,  pagamento, aproveitar promoções  e muito mais. 

Cabelo perfeito

Cabelos bonitos



De há uns anos para cá, a violência deixou de ser sinônimo "apenas"de agressão física e passou a abranger violência psicológica ou verbal . E faz todo o sentido. 
Entende-se por violência verbal, todo o tipo de coação, insulto, insinuação, comparação que vise minimizar o outro abalando os seus pilares de autoconfiança.
De há uns anos para cá, e sob a contenda que a liberdade de expressão permite e apadrinha qualquer tipo de piada ou comentário, que pode dar mote para que um humorista  use as fragilidades alheias para fazer o que sabe de antemão que será bem recebido pelo público , público este que no seu dia a dia fazem o mesmo. Insultam, ridicularizam e não são passíveis de qualquer penalização, enquanto que o lesado, consoante a a fase  que estava a passar seja obrigado a lutar ou pelo menos enfrentar todos os seus fantasmas internos e é mais uma situação para juntar aquelas pelas quais  já tem acumuladas.
Will Smith está a ser " julgado" em praça pública por, na noite dos Óscares e perante uma piada fácil e talvez para muita gente inofensiva ter agredido Chris Rock após uma ",piada"  sobre a esposa de Smith em relação à alopécia areata ,uma doença autoimune que provoca a queda total ou parcial dos cabelos. No caso de Jada Pinket Smith, e tendo em conta uma entrevista que deu há uns meses, está longe de aceitar este fado .
O humor deveria ter limites sim quando é usado para apenas apontar defeitos, mostrar o racismo e promover o bodyshaming.
Se formos olhar para o passado do nosso país há 40 anos já Herman José fazia piadas bem fortes sem o intuito de pesar..
Não é culpa dos , humoristas. É culpa de quem assiste, aplaude e permite. 


Rua Magalhães Lemos


Desde Novembro que sinto que o meu Mundo foi suspenso. Entre psicológa, a acompanhar o Santiago nesta nova fase não  tem sido nada fácil. Alias eu acho que nunca sofri tanto  durante tanto tempo. Mas, a semana passada comecei a voltar à vida. Ontem recomecei as caminhadas,  hoje repeti, e preciso muito de paz na minha vida. 
Vou continuar  a lutar contra o bullying. 
Prometo
Marta Veloso

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