Existem situações que me fazem questionar o que raios se passa com os millenials, ou geração Y.
Não é porque tenho quarenta anos que me tornei velha, até porque a minha idade cronológica pouco tem a ver comigo. Ou com aquilo que se espera de uma “ senhora” de 40 anos.
A verdade é que vejo os ditos millenials ( alguns , não todos) com uma postura impertinente, arrogante e prepotência que a minha geração nunca teve.
Que , ao contrário de aprender com o passado, seja com o que de bom teve, como o de mau, agem como se o Mundo tivesse começado apenas após o seu nascimento!
E a maioria que já tive o desprazer de ler escreve sem qualquer tipo de conhecimento de causa, justificando as suas opiniões com lamentáveis
“ porque sim”.
Se são ou não millenials não me interessa minimamente. Nós eramos a geração rasca, aquela que nasceu nos dez anos seguintes ao 25 de Abril, que levou com um paÃs desconcertado, em ambiente de pós ditadura, em que as colónias deixaram de o ser, que é do tempo em que os professores batiam impunemente aos alunos, em que se valorizava tudo e se tratava o que tÃnhamos acesso como se fosse um tesouro, uma benção divina.
Não me sinto velha, de todo.
Tenho amigas às quais dou a maior importancia , dos 20 aos 60, e em vez de idade cronológica vejo caracter e personalidade.
Mas, noto que a maioria das pessoas desta geração que teve mais tudo, de liberdade de expressão a bens, proteção e facilidades de forma geral, tem tudo como adquirido.
Não é assim que educo os meus filhos. Nada cai do Céu, e acredito que devemos honrar os nossos antepassados, as suas obras e conquistas , fruto de lutas que nem eu sei qualificar, mas que se estudarmos mais que os factos, todo o ambiente em que se passaram, aprendemos a valorizar, o que temos agora como garantido.
É urgente uma reeducação . Nós, com quarenta anos não somos velhos, o Mundo é, e devemos ter em conta o que se passou para entendermos o presente, em vez de querermos apagar o passado, há que aprender com ele para que o pior não se repita.
Não concordo com a divisão de pessoas por gerações, acredito que todos possamos aprender tanto com a lufada de ar fresco dos que vieram agora ao Mundo, como com a sabedoria dos que já cá não estão.
E todos podemos SIM falar de tudo, e não nos limitarmos a expressar apenas sobre um assunto.
É redutor, chato e pouco criativo. Gosto de diversidade. Aborreço - me com facilidade. Detesto rotina. E devo andar a ler as coisas erradas, porque em tudo o que me passa pela frente só me aparece fel. E assim não vamos a lado nenhum.
Mas, quanto mais despreparados tiverem, maior será o embate que a própria vida vos dará.
Faz parte do crescimento como pessoa. E é inevitável, no entanto, não ter uma postura arrogante e amarga, com laivos de superioridade, vai ajudar muito a ultrapassar todos os obstáculos que aguarda toda uma geração despreparada e imatura.
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