de ti, por Sofia Fonseca Costa


Quando me decidi aventurar com a Maria Capaz, estava muito aquém de imaginar o estrondo que ia ser.

Sem querer e sem o saber muito bem, aumentei as frestas da minha vida para quem o entendesse. Partilhei tudo o que tenho, o que sou, o que vivi e continuarei a fazê-lo.
Sou de todos, mas não para todos. Sou de mim, de ninguém e de quem me souber levar. Não preciso de cantigas do bandido, as palavras certas são suficientes.
Não abro mão do que sou, do constante carrossel infinito de liberdade sem limites que tenho. Não me aprisionem, prendam-me pelo que são e não pelo que eu vos sou.
Não me bajulem só porque sim. Não me atirem areia para os olhos, que sou feita de mar. Não escalem por mim acima que não vale a pena; sou cheia de curvas, contra-curvas e causo alguns acidentes por dificultar a visão. Embora não russa, sou também uma montanha. É preciso inspirar muitas e repetidas vezes com o mesmo compasso da expiração. Para não pirar. Eu causo falta de ar.

Sou domada pela pressa do acontecer. Não sei se amanhã cá estarei para repetir. Não sou boa para fazer viagens de longo curso nem planos a contar que amanhã será melhor. Amanhã pode nunca ser suficiente. Pode não me chegar. 

As complicações assustam-me e cansam-me. 
Por isso me dou desalmada e desmedidamente aos que quero e a alguns dos que me querem bem.
Isso destaca-me dos demais.
O escrever tem muito que se vos diga; de tal modo que ainda não conseguiram parar de ler o que aqui está. Há uma ignição que nos une, uma relação inexplicável e que transcende a razão. Eu escrevo e com isso, ato-vos a mim, desde a primeira letra até ao último ponto final. É uma das minhas magias. 
Sou menina curiosa, com sede de saber, ler, conhecer, falar e abraçar. Tenho este brilho inapagável nos olhos e um sorriso que acende estrelas.
E nesta viagem - onde já ganhei tanto - fui presenteada com alguém que faz parte do meu ouro precioso. Diz que é minha fã. Chama-me de ídola. 
Alguém que parece ter vivido num mundo paralelo ao meu. Que adivinha o que sinto, sem que lho diga. Que me conhece os passos como aos dela. Que me diz que somos almas gémeas. 
E somos, amor. 

Grata por tudo quanto me dás. Por teres entrado e teres trazido tanto.








 nota da marta- a pessoa fica tão vaidosa, que tem que guardar estas pequenos pedaços de amor num sitio seguro, bem no alto, onde todos possam ver.
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Sobre a autora:

Chamo-me Marta, e sou apaixonada pela escrita e pelo mundo da beleza. Em 2013 , após um curso de maquilhagem profissional decidi juntar os meus dois amores, criando este blogue. Gosto de escrever despudoradamente sobre tudo. Maquilhagem, cuidados com a pele, estética, cirurgia plástica e saúde no geral, assim como partilho aqui algumas das minhas crónicas em que abordo tudo o que é possível e imaginário. Venham daí, conhecer o meu Mundo!

2 comentários

  1. Oh lindo!!! A pessoa tem jeito para a coisa, sabe usar e abusar das palavras!! =)

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  2. gosto da tua maneira de escrever,pk és genuína e nota se nos teus textos.....por mim,continuo por aqui para te ler ;-)

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