Archive for outubro 2014

Hoje levamos o avô ao Campus Neurológico Sénior. Uma Clínica referência em toda a Europa a nível da doença de Alzheimer, com internamento, consulta externa.
O primeiro detalhe que me chamou a atenção foi a calma que se sente assim que entramos no Centro. Todas as vezes que imaginei o Céu , imaginei algo assim.Amplo, de tons claros , a fazer lembrar uma mansão de decor minimalista e clean.
O avô, que sofre de alzheimer...um alzheimer de uma evolução invulgarmente rápida segundo a médica apercebeu -se do conforto e bem estar e comentou connosco.
Até eu me atrevi a pensar que se um dia precisasse gostaria de acabar os meus dias dignamente num sitio assim.
É óbvio que ali na zona de consultas não se veem idosos. Que cada consulta custa no mínimo 150 euros.
Doi-me pensar que existem tantos doentes necessitados a precisar deste tipo de apoio especializado e enfrentam filas e listas de espera e são atendidos por médicos de família e não por especialistas que fazem investigação atira da doença e estpão a par do mais eficaz para retardar o descalabro neurológico que transforma o cérebro humano.
NEstes sítios o tempo não se mede. O paciente é atendido calmamente.Toda a família fala. O avô entrou comigo e com o meu marido. Disse que morava com a mãe ALda Pereira de Lemos. Que não via a esposa há 30 anos. Esqueceu-se do nome da avô. Perguntou à médica se ela sabia o que era um anjo da guarda.
E depois apontou para mim e para o meu marido. "São eles. Eu tenho dois anjos da guarda. Sou um homem com muita sorte! São eles que tratam de mim!
"
Na altura nem liguei. Mas confesso que foi provavelmente a frase mais bonita que me disseram na vida. O homem que me amou a vida inteira.
E ama!
"É a Ana Marta, a minha neta"
"Ela é minha!"
Claro que sou...
Até que lhe perguntam quem é o neto de sangue. Eu ou o meu marido... está tudo estragado...
"O meu neto é o Luis... a Ana é mas é diferente"
Desde que casamos, muito antes do avô adoecer, que vi uma admiração mútua naqueles dois.
O avô descobriu no Luis um filho e o Luis no avô um pai.
A doença do avô, apesar da avançada idade matou-nos por dentro. O avô era o nosso pilar. Era onde eu desabafava.Fazia birrinha e queixinhas. Dizia-me sempre que o que eu escolhesse estava bem. Que só importava a minha felicidade. Um visionário.
Escrevia cartas de amor e oferecia flores à avó no aniversário e dia dos namorados.
De repente...adoece...e obriga-me a tomar conta do Mundo. Da avó, dos meninos e de mim. Sempre foi tarefa tua avô...sempre.

Pensa no homem mais duro do Mundo.
Seguro de si,bem formado. Inteligente.Muito à frente do seu tempo. A vida tornou-o tolerante, maleável, atencioso. Dos seus 86 anos , começou a trabalhar aos 11 .E , mesmo depois de se reformar fez Irs da familia, sempre se manteve activo.
Adorava ir a Caldas da Rainha, ao Parque, primeiro com as netas , e mais tarde com os bisnetos.
Chegamos a levá-lo a Peniche, terra de onde era natural.Para ver o mar, da Nau dos Corvos no Cabo Carvoeiro.
Este homem, que viveu cerca de 16 anos em Moçambique com a familia, é meu avô.
Na realidade é meu pai. Criou- me e sempre me tratou como filha, especialmente apartir que o seu filho faleceu, aos meus 15 anos e me acolheram.
Sempre teve a certeza da minha inteligencia. Chorava a ler os meus textos, postais, cartas. Por mais prendas que lhe oferecesse o que o fazia vibrar e suspirar eram os envelopes que guardava religiosamente .
Nas alturas em que me faltou a força para continuar, foram as palavras dele que me deram alento para continuar. Tudo o que ele dizia era facto. É o homem mais sábio e inteligente que conheci.
Valores, principios. O seu maior principio , a familia, a honestidade, sinceridade, frontalidade.
Ensinou-me que o melhor que podemos comprar são viagens. São momentos que levamos connosco.
Que o maior bem é a familia. Os filhos.Os netos.
O Alzheimer "apanhou-o" no inicio do ano.
Tem sido horrivel.
Ele entende que está muito doente. Abraça- se muito a nós. Pensa que o meu marido é o meu pai. E olha para mim e chora a dizer que sabe que sou dele mas não se lembra do meu nome.
Para mim não é grave. O meu nome não interessa.Interessa o abraço sentido que me dá. O amor que sente. Impressiona-me a gratidão que mostra sentir por nós.
Eu é que agradeço cada dia que tenho estas demonstrações de carinho da parte dele.Parece uma criança.
Está na hora de começar a acreditar em Deus.E que lá em cima o espera a mãe, o irmão e o meu pai.
"Toma conta da avó Ana...ela só te tem a ti, és a menina dela"
Tomo sim avô...

Talvez...se pedir com muita força...não tenha que ser já...
acima de tudo que não haja sofrimento.
Não estou preparada para isto.

Confere AQUI

Um dia destes, numa das minhas visitas ao Shopping, ~~que no meu caso são quase que visitas de trabalho~~ (umas vezes adoro, outras nem por isso) lembrei-me de entrar numa loja Triumph.

Lembro-me de ter visto há anos num programa de apanhados uma senhora a ajudar uma cliente, acompanhando- a na sua escolha, e aquilo ficou-me na memória.

Como as compras de lingerie sao geralmente feitas com as crianças atrás, não me permito experimentar, nem a grandes peripécias, ~~fugiam-me os miudos em três tempos~~. Já me imagino na Primark ou H&M a correr à procura das crianças e só de pensar nisso fico em ansias.

Posso dizer que o atendimento na Triumph de Torres Vedras, na loja do Arena Shopping foi excepcional, desde o inicio ao fim.

Pensava eu que usava um 44 D ou algo do genero (não riam, nunca percebi de copas) e ficava frustradissima porque nada se "ajeitava " a mim.

Como o meu peso sofre altos e baixos constantes, baralho-me , medidas superiores com inferiores.

E, como apesar de ter dois filhos a genética foi minha amiga tenho o peito firme, redondo...(ok, menos descrição), apesar dos 37 anos, nunca liguei muito a isso.

Isso e o facto de preferir sempre soutiens desportivos para o dia a dia, pelo seu conforto, por detestar rendas, picam, fazem comichão, etc etc.

Cheguei então à loja e a senhora mediu-me, rápida que nem uma flecha.Escolhi os soutiens a balbuciar " se calhar não tem o meu tamanho, pois não?", a senhora riu e disse logo que sim levando-me os quatro soutiens para o provador.

A verdade é que alterou completamente a minha figura.

Um BOM suporte muda tudo.

Nao só o facto de ser um bom soutien ,mas o tamanho certo para mim. 95C

É importante para que a nossa postura não seja afectada. Tenho problemas dorsais, e , um suporte adequado pode melhorar esta condicionante.

Aconselho seriamente que vistam roupa interior não só que vos faça sentir mais bonitas, porque faz, deixando tudo no sitio, mas que seja o indicado para a vossa saude. Procurem uma loja onde o profissional entenda realmente o que faz. As lojas Triumph são uma referência nesse aspeto.

Fiquei muito bem impressionada.

Tentem verificar o vosso numero aqui

Sempre ouvi e li esta expressão "perder a inocência" no entanto, penso nos meus 37 anos... começo a entender.

A maior parte das pessoas que se relaciona proximamente comigo diz com toda a razão que penso demasiado.
Que nos devemos preocupar menos em analisar cada momento, cada resquicio de atitude como eu faço , e viver, simplesmente. Deixar fluir .

Sou ansiosa...estou sempre a calcular riscos e prejuizos antes mesmo de cada acto impulsivo, naquele milésimo de segundo que antecede a loucura já tenho os dez fins provaveis imaginados. Só para não ser surpreendida. Gosto de ter o controlo da situação , dizia-me uma amiga a respeito.

Aos vinte anos toleramos quase tudo. Aceitamos quase todo o tipo de loucuras , desafios, apaixonamo-nos sem travão. Corremos sem pensar em metas. Acreditamos que o Amor cura tudo. Que esse amor é cego e no entanto nos encontra sempre.

Na entrada dos trinta, falo por mim, a minha crença no amor era já pequena. Dependendo das nossas vivencias vamo-nos edificando com os alicerces bem firmes em estruturas que definirão as nossas prioridades. Como se a cada etapa escolhessemos um caminho.

Apartir dos 35 o caminho foi ficando mais nitido.

Cada vez mais independente. Cada vez mais eu. Um reforço na minha valorização pessoal. Um adeus aos meus medos.

E é só por isto que luto diáriamente. Por aqueles que amo, que dei à Luz, que me deram Luz .

Aos que me apoiam incondicionalmente.

Porque a carruagem está sempre em movimento. Muitos entram e saem. E não podemos obrigar ninguem a permanecer na nossa vida. Nem permanecer à força na vida de ninguem.

Sempre que tenho duvidas com alguem sou explicita. Depois removo o contacto. Na maior parte das vezes a pessoa procura-me. Sou insegura mesmo. Mas não sofro por perder ninguem que pense estar na indecisão.

Gosto de pessoas firmes. Assumidas. Que sejam capaz de dar a cara.

Pessoas com voz e rosto e palavras.

Tudo o resto... não passa de algo que o vento levará.

Quando decidi fazer uma pausa depois de mais de um ano e meio sem um unico dia de férias cheguei a equacionar e por em causa um fim de semana em Paris. Não sairia mais caro que uns dias no Porto, mas, estar tão longe de casa, dos meus filhos, ia provocar-me uma ansiedade estranha, e, ir completamente sózinha para Paris ou poder estar numa cidade onde tenho muitas mais pessoas que o sitio onde moro, animou-me e foi a razão pela qual optei pelo Porto.

Mais perto da data, já tendo feito a reserva, lembrei-me de preparar uma pequena surpresa, e reservar uma das Salas do Axis, convidar algumas das seguidoras e amigas e juntarmo-nos para um pequeno workshop de cuidados de pele e maquilhagem em que o convivio e as gargalhadas foram uma constante. Muitas duvidas, dicas, partilha de ideias, e acima de tudo emoções à flor da pele, fotografias, momentos inesqueciveis, seguidos de um lanche no Hotel.

O Hotel Axis é um quatro estrelas, localizado em S Mamede Infesta, numa zona nova habitacional, rodeado por edificios maravilhosos, a zona é muito calma, bem frequentada.

Todo o ambiente do Hotel, apesar de ser u espaço relativamente espaçoso, torna-se algo familiar, e muito hospitaleiro, mantendo a nossa privacidade. Pode contar com a simpatia de todos os funcionários sempre prontos para o servir da melhor forma. Desde recepcionistas a responsáveis superiores, todos foram extremamente educados, atenciosos, ninguém mostrou má cara em qualquer situação.

Os quartos são arejados, espaçosos, para a próxima espero ficar numa Suite, gosto de espaços mais amplos e como levo sempre imenso material e feminices (roupa, cosméticos) um espaço extra seria ótimo.

Reforço que a nivel de espaços de apoio o quarto está muito bem preparado, Por mais que eu enchesse tudo com os meus mil e um frascos e embalagens havia sempre espaço para mais qualquer coisa.Uma poltrona, uma mesa para o tabuleiro do pequeno almoço, um LCD Samsung de tamanho consideravel,

A WC também estava equipada, só o secador era fraquinho para mulheres muuito exigentes, mas diz quem sabe que o secador é otimo.

A varanda era o meu sitio especial, enorme, fiquei completamente rendida.

A cama era um especie de nuvem... um conforto maravilhoso.

Pena eu ter o meu trauma de Hotel e demorar horas a adormecer...

Detesto dormir sózinha.

Gostei imenso de tudo, tenho apenas pena do bar fechar muito cedo e de não haver room service noturno de resto gostei imenso!

Recomendo!

Desde sempre me apercebi da necessidade que as mulheres tinham e continuam a ter de expressar sensações e entusiasmos ou paixões, sempre que se interessam por alguem. Eu tambem sempre sofri do sindrome de "Roupa Nova". Chamamos assim, eu e as minhas amigas da adolescencia, devido à musica cujo refrão era "Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir". Cada vez que alguem no liceu ou nas noitadas aparecia com um "coma alcoolico" a fazer aquelas declarações de amor que envergonhava até à quinta geração da familia trocavamos logo impressões em surdina: "olha, Sindrome Roupa Nova" e morriamos a rir, sem que ninguem se apercebesse o que se passava. Tambem ocorria o contrário. Os pobres coitados que se apaixonavam por uma de nós sem hipotese, levavam com o resto do grupo atrás feito sombras, num coro mudo e microfones improvisados num concerto de Roupa Nova que fazia ir às lágrimas a dona do coração do desgraçado, que com pena tentava disfarçar a comedia que se passava por trás dele.

Bons tempos, no fundo ilustram uma realidade que de cómica e feliz não tem tanto assim.

Na sua essencia o homem é muito menos expressivo e demonstrativo de sentimentos que a mulher. Pelo menos em palavras. E a verdade é pelo menos falando por mim, que ainda há poucos dias fui chamada de "rainha das palavras " quase como se tivesse a ser ofendida por um ex que se tornou amigo, daqueles amigos que dizem "não sejas tão filosófica, sê prática."

Depois somos bastante práticas e acham-nos autenticas camionistas(sem desprimor para os camionistas) porque vamos straight to de point sem anestesia.

As mulheres não se contentam apenas com actos.

Gostam de saber o que significa tudo. Cada passo.

Do genero... "olha lá, estás a beijar-me isso quer dizer exactamente o quê?Vamos continuar a ver-nos ou posso deitar fora o teu numero de telefone assim que fores embora? É que a memória do telemóvel já se queixa e se puder remover-te já do facebook até esqueço mais depressa..."

Ou... "Sou linda quer dizer o quê, que estou realmente bem ou que me queres usar e deitar fora como os ultimos 5?É que para isso não precisas de dizer que sou linda, ate porque não fui na conversa dos outros cinco e tenciono mandar-te à pqp tal como fiz aos demais. Portanto poupa-te e guarda-te para a tua namorada. "

Na minha franca opinião, usar por usar... anda tudo tão banalizado que ainda me questiono como ainda é preciso tanto paleio para sexo.

Eu devo ser a pessoa mais chata do Mundo e a que daria mais trabalho nesse tipo de situação.

Correndo o risco do post tornar-se uma parafernália de musica, todas as mulheres gostam de pensar que são especiais, então como dizia o Bon Jovi, "If you dont love me lie to me"

Palavras. As mulheres alimentam-se de palavras. Temo que os homens não as digam para depois não lhes serem cobradas. Do genero "Nunca te prometi nada".

Mas tem mesmo que ser tudo tão frio???

Depois, obviamente que se as disserem , vamos questioná-las. Duvidar. Analisar se o comportamento condiz com as mesmas.

Somos complicadas.

Muito mesmo.

E transformar os actos em palavras meigas?

Andamos todos perdidos em busca de tudo e de todos, sem saber o que procuramos na realidade. Uns sozinhos, outros comprometidos, outros casados. A grande parte dos casados que conheço não são comprometidos . A maior parte dos solteiros que conheço são mais comprometidos que os casados. Anda tudo trocado .

Mundo estranho, hipocrita. Envergonhado . Submundo.

"Dá o teu melhor!"

"Podias ter feito melhor!"

Quantas vezes na vida ouvimos isto?

"Tens que mudar!"

"Vê se cresces!"

Quem quer que mudes não te ama da forma que és.

Hoje foi mais um dia de grande crescimento interior. Por vezes temos que nos afastar de tudo e de todos para nos ouvirmos e observarmos algumas situações às quais nos agarramos e nos tornam frágeis, inseguras, e podem levar a agir como autenticas falhadas, fechando os olhos a todo o mérito que temos, conquistas adquiridas que subvalorizamos em prol de caprichos infantis aos quais damos prioridade por teimosia .

Por vezes o melhor de nós é agir de forma impulsiva e espontânea. Está no nosso sangue ser assim .

Nem sempre temos o que queremos. Nem sempre, ou quase nunca. Porém é a luta incessante que dá sal à nossa vida. Então continuamos a lutar. Mudamos a rota. Talvez até o objectivo. Mas é obrigatório ter uma meta sempre!

Neste momento decidi fazer uma pausa nas emoções. Resguarda-las para as minhas ancoras. Caprichos não entram.

Só o acaso não é controlavel e esse pode arrancar-nos momentos para mais tarde recordar. Outro tipo de emoções. Espontâneas.

Das que não causam dor nem medo.

Outro tipo de emoções só as inevitáveis.

Nós mulheres temos um erro em forma de marca de nascença. Mesmo as que negam mentem. Mentem a elas próprias. O acreditar no amor eterno. Contos de principes encantados.

E muitos outros mitos.

Na transição da perda desses mitos , vai -se um pouco de nós.

O que resta é indefinivel. Temos uma amalgama de experiencias e crenças que temos que arrumar . Demora.

Mas um dia ficamos preparadas para enfrentar o Mundo como ele é. De forma firme, realista e menos prosaica. Ainda assim com o encanto que a vida tem.

Não temos que viver para agradar.

Temos que ser nós proprias e aceitarmos as nossas fraquezas e pontos fortes. Pensar que ninguem é perfeito. Exigir respeito.

Mas ...respeitar o próximo.E a nós próprias. E não deixar nada por dizer. Esse é sempre o melhor que podes dar de ti. As palavras, os actos, os sentimentos e os sentidos.

Incoerente? Ambigua?´