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Redes Sociais

Marta Veloso
Há  coisas que podemos contestar das mais variadas formas, através  de uma queixa crime na polícia,  através  de confronto direto( que não  é  muito recomendável pois sangue de barata não  reina aqui). O mal das pessoas que acham que atingiram já  um patamar de impunidade avançado,  pelo status ou por ser uma família  xpto são  os erros óbvios que cometem, actos criminosos que vão  praticando aqui e ali. 
Vou dar-vos um exemplo muito simples. Sabem que não  se podem dirigir a um estabelecimento de... saúde  por exemplo e pedir dados clínicos, notas de alta etc de alguém  que sequer é  da vossa família? Que tal é  crime por parte de quem vos cede os dados e por parte de quem os procura? Chama-se devassa de vida alheia e invasão  de privacidade , é  punível por prisão.  
A menos que esses dados  sejam pedidos com mandado judicial, nesse caso não  há  ilegalidade, mas a chico-espertice costuma ganhar quando provincianos  ridiculo e ao achar que vão  descobrir numa nota  clinica algum segredo, em vez de mo pedir, que até  lhos facultava. 
Quem faz por trás,  não  faz por bem. 
Eu sabia, quando decidi manifestar-me publicamente e tornar o caso do meu filho conhecido  que iriam brotar que nem cogumelos teorias sobre a agressão  que o meu filho foi vitima. 
No entanto, não  há  um único sintoma ou ocorrência  da sua doença  da qual não  tenha provas  cabais. Tudo. Prints, relatórios,  declarações,  relatos de ocorrências  médicas que referem exatamente o momento em que o meu filho começou  a inchar.  Foi no hospital,  posteriormente à inalação do salbutamol, e inchou de tal forma que levou adrenalina porque a médica que assistiu a tudo pensou  tratar- se de um choque anafilático, dando-lhe cortisona e adrenalina. 
O mesmo aconteceu no dia seguinte em Santa Maria. Para descartar a hipótese de ser um choque anafilático deram-lhe novamente adrenalina, que mais uma vez nada fez. Foi então  submetido a vários  exames e visto por vários especialistas. Todos os exames mostravam o mesmo. Ar em todo o tórax. O tal Pneumomediastino  , e enfisema subcutâneo  que são  distúrbios que podem levar à morte, porque o ar pode deslocar-se para o coração,  para o cérebro  e causar uma embolia. 
Honestamente, tenho tolerado muito mas não  vou admitir que sequer ousem insinuar que em momento  algum falhei aos meus filhos , que lhes fui negligente ou que sou má  mãe  .
A maldade está  nos olhos de quem procura por isso mesmo.
Podem ter a certeza, que toda e qualquer pessoa que se insurja contra mim ou contra a minha família terá de responder judicialmente a qualquer  tipo de comentário ou afirmação. 
Sou uma mulher calma, mas não  se atrevam a mexer com os meus filhos, porque como já  garanti, neste caso, irei até  as últimas instâncias,  até  achar que foi feita justiça. 
Sei o que passei, o que o meu filho passou , o esforço  que fiz em cada entrevista para que o assunto não  morresse, por mim, pelo meu filho e por todas as crianças  que diariamente sofrem de violência  nos sítios  que deveriam ser as suas segundas casas. 
Não me diverti minimamente a repetir a todos os jornalistas e canais televisivos que me procuraram e nem uma única vez fui a estúdio, foram sempre ter comigo. Cada vez que contava o que se tinha passado , revivia tudo. E acreditem que chega a ser traumático. Mas a hipótese de uma situação como esta ficar impune estava fora de questão. Não suporto injustiça, seja a quem for, tratando-se de um dos meus filhos, a gravidade aumenta exponencialmente.
Não  confiarei mais o meu filho àquele agrupamento. Não  consigo  . Nem eu, nem o pai do meu filho que quase não  dorme desde que tudo se passou e se encontra psicologicamente  afetado,  depressivo, tendo até  problemas em exprimir-se verbalmente, tal foi o choque de ver o filho doente com a gravidade que esteve. 
Garanto aqui, que o meu filho voltará  a sorrir e vai aprender a gostar da escola, num sítio onde valorizem as crianças  como indivíduos,  únicos  em vez de se preocuparem apenas com boas notas, rankings  e em parecer mais que em ser.
A escola não  tem que ser um templo do medo, onde reina o silêncio perturbador de quem varre os problemas para debaixo do tapete. 
O meu filho vai ser muito feliz. E nós  também  porque a felicidade dos nossos  filhos é  a nossa. 


Luís Santiago filho de Marta Veloso


Dizem que nada dura para sempre. Nem o bom, nem o mau. E que todas as situações más pelas quais passamos nos ensinam alguma coisa. 
Confesso que ver o meu filho a sofrer numa cama de hospital me fez refletir muito sobre a vida. Sobre a importância que tem o que queremos e a importância que damos aos pensamentos e opiniões dos outros. 
Percebi que sou muito mais ponderada que pensei ser. Que apesar de tudo consegui manter alguma calma, mais que não fosse para que os meus não descarrilassem. 
Sabemos que não podemos agradar a todos e que em todas as situações, por mais escancarada que seja a situação  há sempre quem não concorda, quem culpe o agredido , quem proteja quem oculta, quem use meios ilegais para atingir informações confidenciais. 
Mas isso, diz mais deles que de mim. Não tenho absolutamente nada a ver com as más atitudes dos outros. Sigo os meus princípios e vivo as minhas crenças, sei que faço um bom trabalho na educação dos meus filhos, e venha lá quem vier, não o vai alterar.
O Facebook está cheio de pessoas do contra. É o canal favorito para quem quer culpar tudo e todos pela sua frustração, falta de atenção, e talvez o único sítio onde consigam ter voz, ainda que não a usem de forma construtiva. 

Por aqui queremos apenas paz e responsabilização por parte de quem devia garantir a segurança do nosso filho. 
E que ele cresça feliz, como todas as crianças devem crescer. 

Luís Santiago


Custa a acreditar que daqui a dias o meu primeiro filho atinja a maioridade.
Acredito que todos os filhos sejam especiais, no entanto, o Henrique foi uma espécie de prodígio desde sempre. O melhor aluno, comportamento irrepreensível, meigo para todos, apesar de ter sido mãe e pai, uma vez que decidi levar para a frente uma gravidez sozinha nunca, em tempo algum, desde o momento em que fiz o teste e descobri que estava grávida duvidei de quanto o queria. O menino que aos 7 anos carregava para todo lado livros quase maiores que ele , do Hardy Potter e Eragon.
O Henrique sempre se portou como se fosse um adulto, apesar de nunca ser coagido a tal. Lembro-me que não consegui dormir por dias , após o seu nascimento porque não conseguia parar de olhar para ele.
Em poucos meses aquele bebé que quase morreu comigo na sala de partos transformou-se num " boneco" de olhos verdes ,grandes, e cabelos escuros a contrastar com a pele branca. 
Sempre foi muito meu. Só meu. E do avô claro. E da bisavó que vive por ele. Respira por ele. Lhe leva comida à cama. Ama-o mais que a própria vida. E do mano que desde pequeno diz que a pessoa preferida dele é o Henrique . E até do pai do mano que o criou desde os 5 anos e é o único pai que ele conhece. 
O Henrique nasceu para ser amado. 
Apesar de estar numa das idade chata será sempre o meu primeiro amor. Aquele que pequenino me via a chorar e dizia " vai ficar tudo bem mãe".
Daria a vida por ele sem piscar os olhos. E pelo irmão, claro. 
É uma das maiores bênçãos da minha vida e eu " morro" de orgulho dele. 
Alguma coisa devo ter feito muito bem.
Mais que ser o ótimo aluno que é, é poder ter bom carácter ( ainda que com laivos de feitiozinho filho da puta).
O meu bebê faz 18 anos. E eu espero por este dia desde o dia em que ele nasceu. 
Que eu possa ser sempre o seu porto de abrigo. Que ele possa ser sempre minha fonte de orgulho. Não podia ter pedido filho melhor. 


Henrique Miguel


Ele fazia anos hoje. 91.
Infelizmente, deixou-nos dias antes de completar 90.
Lembro-me de me dizer que tinha tido uma vida cheia, e que já não esperava dela muito mais.
E isso foi pouco antes de adoecer.
Costumava dizer- lhe que se ele morresse eu ia atrás. Ele ria, e dizia feliz para eu ter juizo.
Dificil ter juizo sem ele. Era o meu ponto de equilibrio. Todos os dias penso no meu avô. Várias vezes ao dia, e se tiver que nomear uma das maiores tristezas da minha vida é a sua ausência neste mundo. 
Sou grata pelas memórias que tenho dele. Muitas. As suficientes para saber o que me diria em cada situação da minha vida. Ele só queria que eu fosse feliz.  Aceitava- me como era. E isso... não tem preço.
Muitas saudades...


Confesso que a parte chata de ser mãe são os trabalhos de casa. Quais noites sem dormir e preocupações  ? Não tive problemas com o Henrique, o meu mais velho, mas com o Santiago , desde o primeiro ano que é um suplício. Cada letra é escrita ao ritmo de uma lesma adormecida, as perguntas são respondidas por mim, ou pelo pai, que já não nos lembramos de mais de metade da matéria, porque o nosso pequeno parece deixar a memória na escola. 
Lembro- me de ter dado o sistema digestivo, reprodutor, urinário, no sexto ano. Agora dá-se no terceiro. O programa está muito mais exigente e as crianças estão das 8.30 da manhã até às 16 horas com o nariz enfiado em letras e números. Depois dão voltas com os pais,  banhos, e os trabalhos de casa. E os “ mãe tenho fome!”, porque na escola não se come porque “ a comida é um nojo”, e eu não sei como não tenho ainda cabelos brancos com este rapaz. Acho que foram todos para a cabeça do pai, coitado.
Mas não chega a mãe e o pai para ajudar! Facebook aberto e pergunta - se nos grupos de maquilhagem se é o sangue venoso ou o arterial que sai do coração, perdoem se pareço ignorante mas garanto que é matéria que não me recordava minimamente.
O filho aponta para uma imagem com dois rins e uma uretra e pergunta :” Papá! Que sistema é este?”, e responde- lhe o pai “ Oh filho então não vês que é o sistema reprodutor?!”. O filho ri à gargalhada e pergunta ao pai onde entram os rins na lengalenga sexual... o pai cora e disfarça o riso. 
E é assim todo o santo dia. Ou porque não terminou o que estava a fazer na escola, ou porque tem teste amanhã, ou porque tem fichas para fazer.
E eu recordo o tempo em que adorava os trabalhos de casa, fazia- os como se de uma brincadeira se tratasse, e vejo que o tempo passou demasiado rápido...



E fez hoje um ano que me ligaram a dizer que o meu avô tinha morrido. O meu avô, que eu julgava ser imortal. A pessoa que me permitia sonhar. Me incutiu autoestima, valores, princípios. Que foi o pilar dos meus filhos. E o meu.
O dia que se seguiu foi um pesadelo. Um pesadelo que quis que passasse bem depressa, mas que jamais esquecerei.
Ainda assim, aprendi a viver com ele do lado de dentro. 
“Para onde vão as pessoas quando morrem?Para o nosso coração “.
As pessoas morrem, o amor que existe entre elas permanece. Sempre. 
Faz- me uma falta incrível. As saudades são sufocantes. Evito falar nele, porque ainda tenho a ferida aberta.
Um ano. 
A vida passa a correr, um ano passa num sopro. Mas as saudades, essas, parecem ser desertos que percorremos, infinitos. 
Hoje e sempre, será amado.

Sou apaixonada pela escrita. É a minha terapia, ainda que implique expor sentimentos.
Talvez, num Mundo como este em que vivemos, mostrar o que se sente seja algo que não cai bem.
As redes sociais são a cereja no topo do bolo .
Somos todos felizes e bem resolvidos,  e dividem-se desde cedo os realistas dos que apenas mostram o lado rosa da vida .
Resultado: os realistas sentem-se rejeitados, renegados, mal afortunados. 
A realidade é bem diferente .
Todos temos problemas. Cada um tem as suas prioridades definidas consoante os principios que adoptou como seus. 
Estamos sempre a aprender. Pobre daquele que estagna, que não muda com os acontecimentos da vida, que não evolui em caracter e sentimentos.
Talvez o meu maior defeito seja a forma como vejo a vida. Não consigo alhear-me do que se passa no Mundo. Tento entender, estudar, pesquisar , analisar os comportamentos da humanidade e não entendo.
Tenho a plena noção que isso me prejudica. 
Não sou mais que ninguém, penso demasiado, isso sim.
Existem no Mundo situações inquestionáveis. Naturais. 
O Amor de uma mãe por um filho, por exemplo .
Sempre que me sinto perdida, olho para os meus rapazes e fico espantada com a educação e sensibilidade que têm. A inteligência, o sentido de humor. E a admirável capacidade de superar frustrações e derrubar o que eu considero obstáculos .
Hoje houve uma situação que me deixou perplexa( no pior sentido que podem imaginar) , um adulto foi rude, mal educado e insensivel com o meu filho mais novo. Fiquei perturbada. Não consigo imaginar qual o prazer de tentar infligir sofrimento a uma criança. E o meu filho, com 9 anos, disse-me:
“Mãe, não fiques triste. As palavras de quem não gosta de mim, entram a 100 e saem a 200.”
O meu filho, sempre a dar -me lições de vida.

Não entendo como é possivel que tantas mulheres lutem para ser mães e não consigam, e outras tantas desprezem os próprios filhos. 

Não acredito na justiça divina. 
Mas acredito que a Natureza tem memória.
“O homem esquece, deus perdoa, mas a Natureza não .”






Lembro-me de estares na barriga da mãe.
Lembro-me de chatear os nossos pais porque queria muito uma mana. Só não pensei que viesse uma menina tão reguila como eras.
Quando fomos por a mãe ao hospital, para que nascesses, o pai levou- me a dar uma volta, a um Centro Comercial que já não existe, e deixou- me escolher uma revista cara para levar à mãe, quando a fomos entregar, já tinhas nascido
A mãe mal te viu,  o médico ficou encantado com a tua beleza e andou a mostrar- te a toda a gente ( cá para mim trocaram-te). 
Nessa noite, o pai foi só meu. Eu tinha 7 anos e estava tão feliz e entusiasmada, eu e o pai.
 Dormi agarrada a ele. Incrível. Era tão feliz.
Nessa altura, moravamos numa casa tão grande que o pai tinha um quarto só para as artes dele, eu tinha um quarto só para os meus brinquedos, e ainda alugavamos um quarto a estudantes. 
Tinhamo-nos acabado de mudar, quando nasceste.
Em bebé eras tão amorosa. Eu tinha imenso orgulho em ti. Tão bonita, de olhos claros.Um choro de princesa, mal se ouvia. 
Lembro- me do teu primeiro aniversário. Os pais encheram a casa com filhos de amigos e tinhamos tantos, mas tantos doces!
O pai dizia que eu tinha vindo de outro planeta, e eu dizia chateada que tu tinhas sido encontrada ao pé do contentor do lixo.
Quando eu fui operada aos 8 anos, no Hospital de São José, a mãe ouviu- me gritar e deixou- te aos cuidados de uma estranha na tua alcofa( sempre brincamos contigo que a senhora te trocou por um bebe qualquer). Acho que só depois se apercebeu do que tinha feito. Deixar uma recém-nascida com uma estranha.
Eramos os quatro tão ingénuos. Os pais eram tão novos. Sem maldade. E nós o seu reflexo.

A partir daí, as coisas começaram a complicar. O pai adoeceu, e creio mesmo que não o recordes com saúde.
Quando por fim descansou tinhas apenas oito anos.
Não merecias. Mas , mereciamos viver sem adormecer ao som dos seus gemidos de dor e sofrimento.
Separamo-nos. Eu e tu. 
Nessa altura já eras muito mandona e chata!
Cresceste e correste o Mundo. Encontraste um dos melhores homens que conhecemos, e deste- me o Mateus, o meu único sobrinho.
E eu, quero que saibas hoje, e sempre, que nunca te esqueci. Que serás sempre a irmã que tanto desejei. 
Que me orgulho, de apesar de termos crescido separadas, dos teus princípios, que sejas justa, sensível e compreensiva. Um bom ser humano.
Sabes como são raros os bons seres humanos? 
São raros. Os puros de sentimentos. Altruistas. 
Gostava que a nossa história tivesse tido mais sorrisos, mas tivemos que passar momentos de angústia e tristeza juntas. 
Sabes que, quando era pequena, só tinha uma certeza, após o teu nascimento.
 Duvidei do meu amor por todos.Especialmente após  o pai adoecer, quando as atenções fugiram de nós.Mas nunca do que sentia por ti. Eras a minha protegida, e eu a mana mais velha.
Quero que saibas que vou sempre gostar de ti. Muito.
E que tenho orgulho na mulher que te tornaste, na mãe atenta. E que vibro com cada aventura tua, cada viagem, como se fosse comigo.
Espero que possas percorrer o Mundo inteiro, e que me contes tudo. Vou estar sempre aqui para ti.


Parabéns Rita Alexandra. 
34 anos, e uma vida toda pela frente.




Corria o ano de 1984. Lembro-me, de me perguntarem se a mãe já tinha tido bebé.
"Ainda não!" - respondia com voz feliz e ansiosa.
No dia 27 de Abril, sem grandes alaridos, e de mãos dadas com o pai, vejo a mãe dar entrada de maca, no hospital. Mandaram-nos dar uma volta. Que a boa nova não tardaria a vir. O pai levou -me a uma tabacaria que existia no extinto Centro Comercial Optimus. Disse -me que escolhesse uma revista para a mãe ler.
Escolhi uma revista de Moda que trazia um pente colorido. Achei bonito o pente.
Quando voltamos ao Hospital, foi -nos dito que a "menina" já tinha nascido.
Deixaram-nos vê-la. Os médicos diziam que nunca tinham visto bebé tão bonita.
Senti -me orgulhosa. Era a minha irmã.
Eram talvez sete horas da tarde. Voltamos felizes para a casa da avó Mimi, para jantar. E regressamos a nossa casa, onde eu dormi agarradinha ao pai. A casa era só nossa essa noite. Recordo-me que me senti muito amada. Feliz.
Dias depois, já com os pais e a irmã recém nascida em casa, tinha chegado a altura de escolher o nome para a menina.
Sentamo-nos os 3 no chão,cada um escreveu em dois papeis os seus nomes favoritos. Ganhou Rita. Com votos dos 3. Sofia teve apenas dois votos. E outros nomes que não recordo.
No dia seguinte, o pai foi registar a bebé.
" Rita Alexandra pai. Não esqueças".
Ele esqueceu. Ficou apenas Rita, e mais de 30 anos depois ainda lhe chamo Rita Alexandra, nome que não é o dela, por esquecimento de um pai que há 25 anos que não está entre nós.
Não tivemos uma infância fácil, por fatalidades , deixamos de viver juntas muito cedo, aquando a morte do pai. A Rita praticamente não conheceu o pai saudável como eu conheci. Não teve o seu colo. Mas, teve uma super mãe que a protegeu o máximo que pode.

Sei que a Rita é muito feliz. Tem o melhor marido e amigo que uma mulher pode ter. Ama e é muito amada. Corre o Mundo sempre que pode, ela, o marido e o Mateus, fruto daquele Amor tão especial.
Do fundo do coração, desejo que a sua felicidade seja uma constante na vida.
Que sejas sempre muito, muito feliz.

Parabens Rita "Alexandra", hoje o dia é todo teu.

Não tenho exposto muito o que se tem passado na minha vida por várias razões, estão a passar-se momentos complicados, em várias vertentes, então, em vez de usar o blogue para o desabafo, uso-o para me lembrar que por pior que pareça a tempestade, podemos e devemos sempre tirar um tempo para manter a nossa sanidade mental e integridade.
Este fim de semana, fui com o Santiago até Cascais. Tento que ele se distraia e divirta ao máximo, para que não deixe de acreditar que a vida não são apenas problemas.No próximo fim de semana,volto a faze-lo, mas o meu filho mais velho vai ter que fazer o sacrifício de nos acompanhar.
Tem 14 anos, e passar dois dias fora com a mãe e o irmão pequeno soa-lhe a prisão perpétua.
Felizmente, lembrei-me de algo que pudesse minimizar essa dor, e referi que o sitio para onde vamos tem Wi-Fi.
O dificil será tirá-lo de casa... mas acredito que de vez em quando temos mesmo que nos "desligar" do mundo virtual e ser beijados por raios de sol, pisar a areia da praia, conviver com pessoas que possamos tocar, cheirar.
Deixo-vos algumas imagens do fim de semana passado. Espero que gostem.

Ontem foi um dia especial.
Recebi convites para assistir ao concerto da Mariza, pensei não ir, i ser difícil escolher uma amiga para ir comigo.
A ultima vez que saí para algo do genero, levei cerca de dez amigas convidadas ao cinema.
Como passei o dia anterior no hospital com o Santi, e ele se sentia bem, decidi levá- lo comigo.
O meu filho adora acompanhar-me em tudo o que seja eventos, desde idas ao cinema, a lançamentos de produtos por marcas. Porta-se lindamente e aprecia de uma forma adulta e responsável.
Ontem, quis passear pela baixa, visitou lojas, admirou a iluminação noturna, lanchamos e jantamos por Lisboa e ele estava encantado e muito feliz.
Mas, muito ansioso. Era a sua primeira vez num concerto, e eu confesso que não pisava o Coliseu desde 2002, quando fui assistir a Diana Krall.
Não somos própriamente pessoas que ouçam Fado em casa.
As minhas preferências musicais andam mais pelo Pop Rock actual e, música dos anos 70/80.
Mas, sempre admirei a Mariza. Tem um talento e presença incontornáveis e já a havia visto ao vivo no Rock In Rio.
Foi impressionante como o Santiago se deixou contagiar pela música. Cantava, bateu palmas, emocionou-se... e eu... tão orgulhosa do meu menino que com apenas sete anos soube valorizar e desfrutar de cada momento .
Há mais de 30 anos, também o meu pai, me levava a passear pela baixa de Lisboa.
Quase o pude sentir entre nós, a cada sorriso e gargalhada do seu neto, Santiago.

Hoje passei o dia todo com Luís Santiago, o meu filho mais novo. Ambos tínhamos imensos exames clínicos para fazer, e , no intervalo, ainda que com algumas dores pelo esforço de estar tanto tempo em pé ( relembro que ainda tenho o cateter no rim que é incomodo e doloroso), sentamo-nos no jardim central da cidade.

Lembro -me de ser muito pequena e lá passear com os meus pais e tia. Contei então ao meu filho. Admirou-se e perguntou me a que brincava eu, sozinha.
Contei-lhe que para mim, aquele jardim era um grande castelo encantado, que em menina, acreditava que os vasos em pedra gigantes guardavam tesouros, fascinavam-me as flores, o lago ao centro, qualquer pauzito que encontrasse no chão servia de brinquedo para o tempo que lá passasse.  Apontei-lhe um velho armazém fechado. Expliquei que ha muitos anos, era um centro comercial.Para mim , muito maior e mais mágico que qualquer Shopping que exista agora. Sonhava em ser grande para poder vestir as roupas para senhora que lá se vendiam.
No ultimo andar , dedicado a crianças, tinha um Mundo de brinquedos.

Agora... não tem nada.

É incrível o tanto que se vive em 39 anos, e ainda assim podermos continuar a sentirmo-nos jovens.
A saudade imensa da infância, dos sítios, lugares, e acima de tudo das pessoas que não voltam mais, e por outro lado a fome do futuro, a vontade de viver mais, de não cometer erros do passado.
É esta, precisamente esta a altura em que perdemos a ingenuidade. E passamos a ser pessoas maduras. Conscientes.

Há sempre uma dor que acompanha o pobre coração de mãe , quando chega Setembro e os filhos retomam as aulas.
O Santiago já recomeçou. Choradeira, vai ter que almoçar na escola e lá não lhe dão as facilidades que tem aqui em casa.
Depois de correr médicos, nutricionistas, etc, falta-nos uma pequena pilha de exames para confirmar o que já sabemos:
O Santiago é perfeitamente normal e gosta de fazer birras por teimosia, gosta de levar a dele avante.
Recusa-se a comer na escola e não tarda, começa a mãe e o pai a serem chamados à escola porque o menino não come, entra a psicóloga em campo, " o que será que estão a fazer à criança".
Como quem me segue sabe, o Santi é um menino muito bem disposto .
Só tem está falha. A teimosia.
Crianças.
Cada um com a sua característica mais gritante.
O Henrique, mais velho é o eterno distraído. Pode desabar um prédio ao lado dele que ele não se apercebe.
Esquece -se de tudo. De comer, de se vestir, as vezes tenho medo que se esqueça de respirar de tonto que é.
É uma casa vazia, esta, sem eles.
Isto de ser mãe...entranha-se.

A minha vida é um aglomerado de Luises.
Pai, filho, marido, padrinho, tios, bisavô e até o meu irmão partilham o mesmo nome.
Podem imaginar, quando casei , o ar de espanto no registo quando se aperceberam que me casava com alguém com os dois primeiros nomes exatamente iguais aos do meu pai. Pensavam que se tratava se um erro, aliás, pensam sempre.
O Luís Jorge, era um menino muito loiro, de olhos azuis, e continua a ser, em bebé passeava comigo na rua, e toda a gente achava que era meu filho, e ele, ao aperceber- se que eu dizia " não, é meu irmão", começou a andar aos gritos na rua, a correr para mim " mamã!"
Sempre foi um menino bem disposto, doce e na verdade sempre o vi muito mais como o "meu bebé" que como o meu irmão. Temos 17 anos a separar-nos, e infelizmente não cresceu comigo, mas é lindo, por dentro e por fora, e desejo-lhe um Mundo de coisas boas.

Foi assim que o meu avô iniciou a conversa de familia na Quinta Feira, dia 1 de Maio. Agora que aparentemente deixaram de existir costas voltadas e animos exaltados na familia, e que finalmente e depois de uma decada de guerra fria e silencio e mal  entendidos , devido à doença do avô nos juntamos (para minha grande alegria que voltei a ver o sorriso brilhante de uma estrelinha que adoro), que o avõ, infelizmente que no inicio se mostrou feliz com a união, agora nota nos nossos rostos alguma tristeza, ou expectativa e nos pergunta :""O que é que eu fiz afinal?"
Diz que não se lembra de nada, que o acusam de tudo , no entanto não sabe explicar-nos de que o acusam.
Passa o dia a copiar dados como numeros de telefone, moradas . Vai para o Centro de dia como recomendado pelo Neurologista a fim de ter convivio, estimulo, ate para que durma melhor de noite e fica inquieto, como é proprio da doença e irrita-se com facilidade.
Já me telefonou a mim, e tambem à minha prima a dizer que não sabia da minha avó. Com ela ao lado. Quase que corri para o carro prestes a fazer os kilometros que nos separam preocupada com o que tivesse acontecido. Liga-me a perguntar o meu numero de telefone, onde eu moro, onde ele mora, em que cidade está.
Quando estou com ele chora que quer a mãe dele , que tem saudades dela, que tem saudades do irmão e o meu coração mirra, porque seria mais facil subir a um escadote e arrancar-lhe uma estrela do  céu se me pedisse, já trazer a mãe dele ou o irmão...
No Domingo a mulher da vida dele, uma das,claro, mas a que está casada com ele há cerca de 63 anos, a Lady Mimi, faz 86 anos. Combinei com ele, mas acredito que se terá esquecido, de lhe comprar uma prenda. E dele lhe oferecer como se tivesse sido ele a comprar. Vai ser o segredo mais esfarrapado deste Mundo, mas durante 5 minutos, ou o curto tempo que ele se lembrar pode fazê-lo feliz, e isso é tudo o que importa.A ele e a ela que é uma vaidosona.Ha mais de 63 anos que ele a leva neste dia religiosamente a uma perfumaria para que escolha à descrição o que quiser. Nos ultimos anos, a Mimi, ligava-me e como fazemos anos com semanas de diferença trazia sempre um perfume que me oferecia nos anos. para ela além de um perfume igual ao meu trazia uma gama completa da Dior, mas durante muitos anos usou Elizabeth Arden. Entretanto com a neta metida no Mundo da Cosmética ficou selectiva  e tem a sua propria personal beauty guru (eu propria) que para alem de lhe oferecer todos os produtos para a pele ainda me vai namorando uns batons que vou deixando em casa dela , e tanto mos elogia que lhos ofereço ficando entre o chateada e o divertida, por ter uma avó gaiteira, que apesar das dificuldades que a idade lhe trouxe continua a amar cosmética, tem uma pele melhor que muitas meninas mais novas que eu, tem menos manchas que eu na pele(aliás, acho que sequer tem manchas) e ADORA batons e vernizes.
Tirando o feitio teimoso da minha avó de não-te-ouço-porque-tenho-sempre-razão, tenho os melhores avos-pais que existem no Mundo inteiro,

Tesourinhos, a minha avo(cortada) , o meu pai que faleceu ja ha quase 22 anos, a minha irmã à esquerda e eu.



O meu avô quando foi padrinho do Santiago há 4 anos atrás em Fátima a assinar, na Basilica, a Silvia, a madrinha e grande amiga minha, eu e o principe
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