A música era um amor que partilhava com o meu pai, lembro- me dos discos em vinil de bandas como Supertramp, Queen, Bowie, e Pink Floyd. Recordo- me , embora que vagamente, do Live Aids, aquela que se diz a melhor performance dos Queen de sempre. Eu tinha 6 anos, e lembro- me de sentir algo arrepiante, a conexão que a música permite. A melodia, vozes fortes, instrumentos...

Estima-se que 74000 pessoas tenham assistido ontem ao Concerto de Queen com Adam Lambert. A tensão era sentida, a ansiedade e expectativa , principalmente na faixa etária que conheceu a Banda com o seu vocalista original, Freddie Mercury.
A plateia dividia-se entre os nervosos-céticos e aqueles que aceitam o facto que Freddie apesar de insubstituivel não ressuscitará para dar continuidade a um dos grupos mais geniais de sempre, e a verdade é esta : " The Show Must Go On"
Adam Lambert conta já ,pelo que se viu ontem com a "aprovação" da maioria e tem os seus próprios fãs .
Confesso que continuo a considerar a escolha estranha.Lambert tem carisma, cantou bem, tenta descolar a sua performance das de Mercury e é bom que o faça mas ...  é demasiado "New Kid on The Block" para o tipo de banda que está a acompanhar. Lembra-me sempre um membro de uma boysband excêntrico, embora com talento.
Provavelmente esta critica deve-se ao facto de ouvir Queen desde que nasci.  É o meu lado " velho do Restelo" que não aceita a mudança porque tenho noção da qualidade do que vi ontem e sim, Lambert esteve à altura.
Brian May comoveu com "Love of my life" , a presença constante de imagens de Freddie Mercury foi algo marcante e valeu a pena. Em "Under Pressure", que Freddie Mercury interpretava com David Bowie foi passada a imagem de Bowie em jeito de homenagem póstuma  .

Mas, as emoções não foram todas mérito de Queen.
Fergie , a loura ex Black Eyed Peas apareceu em excelente forma, lindissima, com uma simpatia contagiante, conseguindo captar a atenção até de quem não fazia ideia de quem  era. Das suas musicas a algumas do grupo do qual fez parte, a Rock , Fergie cantou tudo, surpreendendo quem esteve ontem na Quinta da Belavista.

Mika apareceu no palco e parecia divertir-se tanto ou mais que a multidão que o acompanhava ao rubro.
Para além das músicas do seu repertório habitual,  a acompanhar dois musicos com guitarras portuguesas numa música que o próprio escreveu com 16 anos.
Mariza subiu ao palco para abraça-lo e foi mais um momento alto da noite.

Divertimo-nos imenso, pelo convivio, o próprio espaço e sem dúvida que é um dia a recordar.
No meu instagram em @martavblog podes encontrar alguns videos do evento.