Intensa?

Somos almas em movimento, primeiro filhas, netas, depois esposas, mães... vivemos com vários tipos de Amor, mesmo sabendo que a qualquer altura os podemos perder. 
Temos a ilusão que vivemos para sempre, pior ainda, consideramos o Amor que sentimos e os laços que nos ligam a quem amamos Imortais.
Se por laços de sangue existe alguma verdade a nivel espiritual nessa crença,  sabemos empiricamente que um Amor carnal é mais perecivel. 
Existem pessoas mais ou menos tolerantes, pessoas que cuidam, e outras que têm uma necessidade estranha de tentar sobrepor as suas vontades acima das dos outros, mesmo que isso magoe quem é suposto amarem.
Nos ultimos anos, confiei que fossem apenas fases, momentos menos bons, depressões passageiras, num relacionamento que pouco depois de se tornar oficial começou a dar sinais de não ser justo  nem o que ambos queriamos .
Só posso falar acerca do que sinto, e confesso que é devastador. Perguntam-me o que mais quero neste momento. Quero ser feliz. Quero que desapareça este vazio, esta solidão mascarada que tenho vivido nos ultimos tempos. 
A dor pode ser extenuante, o cansaço que sentimos  na alma, apodera-se do nosso corpo, tira-nos forças, faz-nos querer desistir de tudo. 
Tento lembrar-me dos meus sonhos antigos, mas essa já não sou eu. Cresci com estas dores, tornaram-se lições de vida. Aprendi com elas. Sometimes you win, sometimes you learn.
E o que não te mata faz te mais forte.
Não me deixarei matar. Por muito que custe, pelos meus filhos, mas, especialmente por mim, pelos sonhos que acumulei, desisto de pensar que foi tempo perdido, mas sim tempo de aprendizagem intensiva, que me preparou para um tempo melhor que há de vir. 
Separar-nos de algo  ou alguem que nos é tóxico não tem que ser doloroso. Dolorosas são as burocracias que estão ligadas a este processo. A procura de casa, os meios para mantê-la, preocupação com o dia de amanhã em que seremos 3 e não 4.  Serei a unica adulta responsavel. 
Muitas mais mulheres deram este passo. Sou mais uma. Que quer acreditar muito que existe felicidade após um divórcio. Que merece a felicidade.

Sabem, neste momento, só queria ter um pai, uma mãe, como as pessoas normais. Aquele amor incondicional, de mãos estendidas que grande parte das pessoas têm. Familia.
Apesar de ser adulta, era tão bom poder contar com amor e carinho, e quem sabe  com alguma ajuda.
Mas não tenho. E, admirem-se, o casamento não termina por nenhuma traição, portanto não há nenhum abraço que me conforte (não estou a lamentar-me).
Estou apenas a dizer que todo o percurso será feito por minha conta e risco.
Vou conseguir. 


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Sobre a autora:

Chamo-me Marta, e sou apaixonada pela escrita e pelo mundo da beleza. Em 2013 , após um curso de maquilhagem profissional decidi juntar os meus dois amores, criando este blogue. Gosto de escrever despudoradamente sobre tudo. Maquilhagem, cuidados com a pele, estética, cirurgia plástica e saúde no geral, assim como partilho aqui algumas das minhas crónicas em que abordo tudo o que é possível e imaginário. Venham daí, conhecer o meu Mundo!

3 comentários

  1. Podes não ter a tua familia, mas estamos aqui... no pouco que pudemos, se der para ajudar ajuda-mos.

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  2. Claro que vais! Gostava de estar mais perto! Amparar-te com as palavras, mimar-te com os abraços!!! Vais conseguir sim, és uma mulher de armas!! Beijinhos minha Marta!

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  3. Espero muito que encontres a felicidade e que este espaço e todas nós que dele fazemos parte, sirvam para colmatar um pouquinha dessa solidão que sentes. És uma guerreira! Beijinhos

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