Existem algumas alturas das nossas vidas que são especialmente sensíveis, mesmo que nada de mais se esteja a passar. Talvez seja de mim, bipolar, que frequentemente sinto os meus gatilhos serem despoletados e custa-me a reencontrar o equilíbrio. A paz. Ao contrário do que possam passar toda a tempestade acontece dentro de mim. Não exteriorizo, talvez nas alturas depressivas tenha um semblante mais tristonho.
Estas últimas semanas tive duas situações específicas que se tivesse menos idade, calo, experiência ou o que queiram chamar tinham-me deitado por terra. Graças à arrumação da minha cabeça, ao facto de ter aprendido à força a priorizar o que realmente importa e com quem me importar passei por elas apenas com pequenas mágoas. Chega a um ponto que temos que aceitar que não podemos mudar ninguém e só podemos ajudar quem quer ser ajudado.
A medicação ajuda -me muito. No caso dos bipolares em geral é vital, até pelo risco gigante causado pela ideação suicida a que a bipolaridade é intrínseca.
E de vez em quando olhamos para o lado e conseguimos ver para além dos nossos problemas e perceber que há quem viva situações inimagináveis , e se mantenha em pé, e que se os outros são capazes nós também somos!
Beijinhos
Marta
0 comentários
Obrigada pelo teu comentário!