A vida é bela

 Um blogue com tantas visitas como este, não costuma ter textos demasiado reais.
A realidade magoa o sonho e a ilusão.
Nunca gostei de encarar demasiado a realidade. Não a vejo do centro do meu umbigo. Vejo-a de forma quase universal. E é doloroso saber que enquanto uns festejam, outros passam dificuldades, vivem rodeados de tristeza.  Conheço a tristeza.
Desde cedo. Nunca me habituarei a ela.
Sempre me refugiei nos livros. Que nos fazem acreditar que devemos tentar ser melhores pessoas a cada dia que passa. Que isso melhora a forma de ver a vida. Que nos dá paz de espírito.
Não sou perfeita, nunca disse que era. Tento fazer deste um Mundo melhor , embora isso seja impossível.
O Mundo está dividido entre os protegidos e aqueles que têm que passar a vida a rastejar para subir cada passo das suas vidas.
Não acredito em Deus. Mas gostava.
Aliás, é um dos meus maiores desgostos. Não ter uma entidade superiora que olhe por mim nem pelos meus.
Invejo os crentes. Mas não se escolhe acreditar num ser omnipotente que a existir nunca olhou para nós.
O meu filho mais velho diz, que Deus não gosta de nós. Perdemos prematuramente demasiadas pessoas, somos uma família minúscula. Temos a sorte de ter quem goste de nós.
Mas, como a todos os seres do Mundo, sentimos falta da proteção divina que é apregoada por tantas religiões.
Não entendo de todo a guerra religiosa.
Lutam por seres invisíveis, querendo fazer crer o " rival" que o seu deus é maior ou mais verdadeiro que o do outro.
Sinto-me baralhada.
Na realidade acho que o ser humano precisa de conflito na sua vida. De intriga. Iam falar de quê sem isso?
Não somos conscientes com o nosso planeta. Destruímos a natureza, essa sim, a verdadeira deusa, para erguer selvas de pedra. Para aguçar a ambição e ganância humana.
A maior parte de nós ,não se recorda da última vez que percorreu um pinhal e sentiu o cheiro a terra. Ah. Esperem. Já quase não existem Pinhais. Destruimo-los .
Somos contra os vegan, a Green Peace e  os movimentos Cruelty Free. Que chatice.
Somos incuravelmente consumistas.
Por vezes fúteis.

Podíamos ser tão melhores. É uma escolha nossa. Não prejudicar o próximo de forma gratuita. Não nos congratularmos com a infelicidade alheia, e acima de tudo , dedicar e focar as nossas energias no bem que podemos fazer.

Podemos ser adeptos de uma vida mais saudável, de tomar melhor conta do nosso corpo, de quem amamos. De viver sem ódio nos nossos corações. Sem rancores.

Mas, somos humanos. Deixamo- nos corromper ao mínimo falso testemunho lançado. Não damos importância ao bem, como se fosse algo adquirido, preferimos acreditar sem reserva no negativo.

Em boatos, diz que disse, etc.
Relaciono- me com várias pessoas das quais já ouvi horrores. Pessoas boas não precisam de prejudicar ninguém.

E , enquanto não me prejudicarem a mim, ou não tiver provas cabais
 da maldade dessas pessoas, interessa - me a forma como agem comigo.

Tal como conheço pessoas que são vistas como maravilhosas , e eu , que as conheço, prefiro que o sejam bem longe de mim.

É fácil envergar uma máscara.
Muitas vezes fazemo lo por proteção.
Este ano é o ano de viver em paz. Mas com consciência. Que ninguém é imortal. Ter consciência dos nossos actos. E, tentar ser a cada dia uma pessoa melhor .