As últimas semanas têm sido de muita expetativa, medo e incredibilidade .
Não estávamos preparados para isto. Nem nós, nem a humanidade no geral.
Para quem tem que sair para trabalhar a angústia é tremenda. Para terem ideia, o pai do meu filho mais novo não o vê há perto de três semanas por pânico de poder transmitir algo ao filho que, tem estado comigo em isolamento. Na minha opinião trata-se de uma atitude altruÃsta e de muito amor.
Eu, tenho saÃdo apenas em duas situações, ou para ir à farmácia, ou para comprar alimentação.
É um misto de sensações, entre a que nos faz sentir presos em casa e o pânico sempre que sentimos que fora das nossas quatro paredes estamos expostos a tudo.
As crianças ajudam nas tarefas de casa, fazem os trabalhos da escola , jogam computador, lêem, e a avó passa o dia entre o estender roupa, recolher , ver televisao e a adorar a gata que agora não a larga.
As restantes tarefas domésticas são minhas. As comuns e as que este vÃrus trouxe como a desinfeção de chãos, paredes, superfÃcies no geral.
Não sabemos quanto tempo vamos estar assim é honestamente não vale a pena guiar-nos pelo que diz o governo. Eu, como trabalhadora independente , não trabalhando, não ganho, tenho portanto que tentar manter-me ainda mais ocupada para não sofrer ainda mais com tanta incerteza.
Neste momento, e uma vez que mantenho contacto com marcas, agências, empresas, lojas, estou a angariar para o Hospital de Torres Vedras cremes para rosto e mãos. É uma forma de me sentir útil ajudando aqueles que dia após dia calçam as suas luvas , e de máscara e viseira atendem um sem número de doentes.
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