Bla, Bla Bla

Não sei se é da idade, ou da época pela qual passamos pós-pandemia, que nos entorpeceu, afetou e ainda afeta.
Acho que saímos todos disto com a sensação de que somos sobreviventes, heróis e que nada nos derruba.
De facto, 2020 foi um ano que mudou o Mundo. A era moderna desconhecia o confinamento na sua forma empírica. 
Era o tipo de coisa que acontecia lá longe, no tempo e na distância.
A sensação que tenho é que todos nós fomos afectados. " Vai ficar tudo bem"- diziam.
A pandemia " terminou" no dia em que a Ucrânia foi invadida pela Rússia. Mais um drama. Desalojados, mortos, feridos, refugiados e um Mundo inteiro de braços abertos para receber ( e bem) aquele povo já tão massacrado.
Relaciono-me com pessoas ucranianas e tento sempre saber qual a sua perspetiva perante o que se está a passar.
Incrivelmente, os ucranianos na sua maioria, os que vieram refugiados e os que já cá viviam não têm a mesma impressão que "nós" temos do seu presidente. Consideram-se meros peões numa guerra gananciosa entre um louco e alguém que implora por atenção e protagonismo.
Sabemos que em qualquer guerra do Mundo , são os civis os mártires. Não são os que declaram a guerra nem decidem lutar. São os que se limitam a viver as vidas deles sem qualquer pretenção política .
Depois, vejo o nosso país que me parece um novo Brasil no que a misturas culturais diz respeito, e eu acho fascinante, não fossem os portugueses emigrantes, que tenhamos a capacidade de receber tanta e tão diferente gente.
Posso dizer-vos que onde vivo , Torres Vedras, temos de paquistaneses, brasileiros, ingleses, angolanos, romenos, moldavos, russos, ucranianos e chineses e pouco mudou com isso. 
Existe efetivamente uma espécie de deslumbre por parte de algumas nacionalidades pela diferença cultural. O facto das mulheres usarem saias curtas, decotes causa alguma estupefacção a alguns homens e por vezes agem de forma desagradável. 
Acredito que a emigração não deveria ser apenas uma questão burocrática mas algo combinado com uma aprendizagem dos costumes e modo de vida do sítio para onde nos vamos mudar. 
Já se dizia " Em Roma, sê romano".
Noto uma diferença incrível de quando comecei a trabalhar para a forma como vejo algumas pessoas trabalhar. 
Fui trabalhar para ganhar dinheiro, obviamente , para ter modo de sustento mas inerente a isso fui trabalhar para me sentir útil e ajudar.
O meu primeiro trabalho durou um mês e meio num call center , onde a chefe me dizia que eu tinha nascido para aquilo mas eu odiava ter que impingir visitas para compras de aspiradores que custavam 400 contos. A parte melhor era quando atendiam idosos e me contavam a vida toda e terminavam sempre com um " foi tão bom falar consigo menina".
Depois fui então para uma clínica dentária com imensos médicos e sub especialidades e adorei ser assistente. Quando não estava a ajudar um médico estava a ajudar outro ou na recepção ou na esterilização, ou a confirmar consultas ou a atender telefones. Todas trabalhávamos assim, aprendemos a ser polivalentes e honestamente? Foi enriquecedor. Estive bastantes anos ali e guardo o grande carinho pela profissão.
A ideia que eu tenho é que agora as pessoas não são tão polivalentes. E que se faltar uma pessoa, há um trabalho que fica por fazer. Enquanto dantes dávamos o litro e trabalhávamos mais rápido para chegar a tudo. 
Hoje aconteceu-,me uma situação desagradável ,ao renovar o contrato da internet foi -nos prometido um prémio que seria entregue hoje. Ligando para lá , a funcionária disse que ia tentar passar a ligação ao colega que nós atendeu. Depois de quase uma hora em espera disse que ele não estava, portanto não nos podia ajudar. Então mas, numa Vodafone inteira existe apenas um funcionário capaz de resolver um problema que nem problema é?
Depois eu sou das " antigas". Detesto que falhem com a palavra. Acho que as empresas perdem muito com as atitudes ou falta delas por parte dos seus funcionários.
Nada ficou resolvido. A única coisa que será resolvida é uma rescisão de contrato. 
Já não vinha ao blogue há uns tempos.
Hoje aproveitei para falar de tudo e mais um pouco. 
Atualização

 

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Sobre a autora:

Chamo-me Marta, e sou apaixonada pela escrita e pelo mundo da beleza. Em 2013 , após um curso de maquilhagem profissional decidi juntar os meus dois amores, criando este blogue. Gosto de escrever despudoradamente sobre tudo. Maquilhagem, cuidados com a pele, estética, cirurgia plástica e saúde no geral, assim como partilho aqui algumas das minhas crónicas em que abordo tudo o que é possível e imaginário. Venham daí, conhecer o meu Mundo!

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