Sabem aqueles dias raros em que choramos de alegria?
É hoje. O meu filho mais velho, o Henrique fez de mim mãe há precisamente 18 anos.
Apesar de um parto que não desejo à minha pior inimiga, recordo o seu nascimento com a sensação nítida que estava a receber um presente.
O mais valioso e importante da minha vida.
Falar do Henrique é fácil. Ótimo aluno, QI acima da média, com autismo funcional, ou seja tem apenas algumas características comuns no espectro como o facto de não ser muito sociável entre poucos outros aspetos.
Está no 12 ano no ensino normal e foi sempre um dos melhores da turma sem qualquer tipo de problema, sem estudar.
Fui mãe solteira. Quando recordo tudo o que passei lembro-me também das palavras do meu amado avô que me dizia ter um tremendo orgulho em mim, pela mãe e mulher que era, que apesar das adversidades que a vida me colocou no caminho arranjei sempre forma de as enfrentar, por maior que fosse a dor.
O meu bebé prodígio faz 18 anos, o Amor da vida dos bisavós, o menino que despertou no bisavô o melhor que o ser humano tem.
O irmão, ama-o e admira-o com toda a sua força , como podem ver na foto.
O Henrique é o "gadelhudo " de ar safado e a primeira pergunta que me fez depois de me dar um abraço hoje e dizer que me amava foi " então e o bolo? Já há bolo?".
O menino dos olhos bonitos, a paz em forma de gente a inteligência que me apaixona e a vontade de mudar o Mundo para melhor.
Parabéns meu grande amor, que não gosta nada de fotografias, mas hoje, teve mesmo que ser.
A mãe ama-te tanto ...
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