Um dia...

Tento recordar-me do inicio da minha adolescência. Gosto de fazer um balanço dos meus meus sonhos e expectativas.
Não tive muito espaço nem tempo para sonhar com um futuro muito rosa.
Os nossos sonhos alimentam-se do que observam, e eu tinha como combustivel os livros e os filmes .
 Romantizei demasiado. Esperei que tal como nos livros e no cinema, a vida fosse como um conto, e não importa se temos muitos obstáculos e dificuldades, a justiça do Happy End iria abençoar a minha vida .
Nonsense.
A vida real é fria e chocante  . Amarga. Chegas à idade adulta quase sem te aperceberes, e no meu caso , apesar de ter chegado precocemente por circunstâncias e perdas familiares, apercebes-te desde cedo que a raça humana é,  na sua essência pouco dotada de altruismo em actos efectivos .
Em especial se esses actos forem às escuras.
Pratica-se o bem para receber aplausos, gaba-se de actos solidários, mas se ninguém estiver a ver, quantos se movem para te dar a mão ou enxugar uma lágrima?
E é assim que se cria uma sociedade carente, mais que de bens, de afectos
que procurará consolo em tudo, menos no que desconhece ou conhece mal.
O AMOR.
E esse amor , a que todos nos privamos, pode ser demonstrado de varias formas.
Gestos, amizade, sinceridade, doação, fraternidade, frontalidade, consolo, companhia, gestos solidários...
Somos todos antídotos  do veneno geral que transborda no Mundo.
Uma indiferença e frieza gélida.
E cada um de nós pode fazer a diferença na vida de muita gente.
Basta querer.
Eu sei que custa. Para dar, corremos riscos. Mas podemos ficar tão mais ricos...
Dá Amor...