Psycho Dates

Como a maior parte das pessoas sabem, eu e umas amigas temos uma página que fala sem grande pudor de amor, sexo, notícias, gossip, sempre num registo humoristico.

Lembrei-me de fazer de vez em quando compilações sobre determinados temas.
Hoje ficam os testemunhos de encontros, enviados para a página, cuja autorização nos foi dada para publicar.



“ Eu tinha 18 anos, e eram outros tempos, verões na praia, grupos que se reuniam na praia à volta de uma fogueira a tocar viola e a cantar.
Naquela noite, ao contrário de todas as outras ficamos só eu e uma amiga, no bar a beber.
Estava um rapaz mesmo muito giro a jogar snooker. Uma aparição. Parecia o Brad Pitt que na altura era tudo!
Mas, a acompanhá-lo estava uma figura do demónio, enfim , o alcool já falava por nós e vieram sentar-se ao pé de nós, vi logo que o bonitão  estava caído pela minha amiga.
 Meia hora depois já o ouvia dizer “ amo-te munto”. Eu sei... sou tão crítica, vejo defeitos em tudo por isso calham-me sempre patinhos feios. Mas o problema não é serem feios. Ora a “ criatura do demo” tinha um nome quase tão bonito como ele, podes por o nome que 20 anos depois se o senhor se vier queixar por favor diz-me que tenho alguma curiosidade em saber se reproduziu. Há que proteger as minhas filhas! 
Chamava-se Adalberto Osvaldo. E não pensem que o primo Cesar ( esse pode aparecer sem problema, não fosse a forma dele de falar e o Mundo era lindo) o chamava de Beto. Não! Chamava-o pelos dois nomes próprios. Concluindo, passou a noite a tentar beijar-me enquanto eu saltava de duna em duna a fugir dele e  o primo e a minha amiga ... enfim, se divertiam.
A noite terminou quando nos apercebemos que tinhamos como companheiros ratazanas enormes e desatamos todos a correr”

Carla, Lisboa


“ Sou daquelas mulheres que não tenho grandes problemas em usar as redes sociais para o que me apetece. Mas acho que antes ainda eramos mais inocentes. Viamos uma foto e iamos às cegas para encontros. Eu fiz um bocadinho pior. Comecei a falar com um fulano por chat. Depois por telefone. 
E marcamos ele vir ter comigo a casa ( fui viver sozinha muito cedo). Acho que quando o relógio bateu a hora de ele chegar é que me questionei “ e se ele não for nada do que diz ser?”.
Quando abri a porta, após o rapaz me telefonar fiquei maluca. Nunca na vida tinha visto um homem assim. Lindo de morrer. 
O problema foi que eu tinha acabado de despir a roupa gira e tirar a maquilhagem, estava de pijama às girafas, oculos e aparelho nos dentes( daqueles removiveis).
O rapaz achou que eu lhe tivesse mentido e não fosse a loura espampante da foto. Arranjou uma desculpa e pôs se a milhas...”

Sara, Maia




“ Eu tinha acabado o secundário e tinha grandes esperanças de entrar na universidade, então, satisfeitos pelas notas que sempre tinha tido os meus pais deixaram pela primeira vez que fosse passar férias com uma amiga. Ela já tinha o namorado à espera e eu não me fiz rogada a arranjar alguém. Era um misto de Axel Rose com deus do Olimpo. Super querido e inteligente mas com uma pancada que não lembra a ninguém. Mal começamos a beijarmos enfia os dedos pelo meu ouvido adentro. Mandei um berro logo! E ele falava baixinho para que me acalmasse que gostava de orelhas. Mas ele estava a mexer-me nos ouvidos!!! Não nas orelhas!!! Enfim. Ultrapassado o episódio das orelhas , estavamos numa sala super escura, eu a tentar não perder a vontade com medo que ele me mexesse novamente nas orelhas, e, quando chega a altura do preservativo, vejo um stick fluorescente . Tudo escuro. Só um stick verde. 
Parou ali! Preservativo fluorescente? Desatei a rir e o “stick” diminuiu de volume. Foi se embora e nunca mais o vi.”


Anabela, Peniche



“ A minha história é uma entre tantas que existem. Estava encantada por um rapaz. Quando me convidou para sair nem pensei duas vezes. Aceitei. Fomos para o Bairro Alto, jantamos por lá, e, primeiro sinal, nem se mexeu na altura de pagar a conta. Eu paguei. Não é por nada mas... ao menos mostrasse que queria pagar metade...
Entretanto disse que precisava de beber. Depois daquilo também eu. Ao fim de duas tequillas estava a chorar pela ex namorada que tinha acabado com ele porque tinha descoberto que ele a traía. Mostrou- me as fotos todas que tinha no telemovel e entre nudes de outras gajas la iam aparecendo ele e a namorada. É que nem se constrangiu. Disse -lhe que ia buscar mais uma bebida, corri do bar, apanhei um taxi e fui para casa. Espero nunca mais o ver.”

Daniela, Lisboa


“Uma vez encontrei -me pelo tinder com um homem que parecia interessantissimo. Advogado, boa pinta, divorciado. Quis marcar num bar de Hotel, super sofisticado.
Achei querido a forma como me tratava, beijava -me as mãos. Para minha desculpa eu estava carente e divorciada ha 6 meses! 
Foi muito meigo sempre. Fomos passear e disse que um amigo tinha casa ali na baixa e lhe tinha emprestado a chave. Entramos num cubículo com um cheiro a tabaco velho , uma casa pouco mobilada mas eu queria lá saber. Queria era cair nos braços daquele principe. E caí. Foi maravilhoso.
Depois de acontecer ficou o silêncio. Perguntou se queria que me deixasse em casa. Aceitei.
Perguntei-lhe se tinha facebook... e ele riu. Disse que era melhor deixar isso porque A MULHER NÃO IA GOSTAR. Fiquei em casa.
Fui logo para a internet e pesquisei todos os Diogos do distrito de Lisboa. Encontrei o na segunda pesquisa. Não só era casado com três filhos, como a foto de perfil era ele e a mulher a dar um beijo.
Ah, e na profissão, era serralheiro!”

Carla, Loures


“ Cada vez que ouço alguem dizer que se apaixonou na internet lembro-me do que passei.
Eu tinha saído de um casamento de abusos, com um homem que durante toda a vida me fez sentir um lixo. Então, quando no facebook um rapaz se meteu comigo eu dei conversa. Falavamos noites inteiras. Havia um radar que me dizia que algo não estava certo. Dizia que me amava, que iamos casar e ter filhos, foram seis meses disto. Um dia desapareceu e eu dei -me conta que pouco sabia dele. Pouco tempo depois lembrei-me de perguntar à unica pessoa que tinhamos em comum por ele. E esta disse -me que ele tinha morrido.
Vim a descobrir um ano depois, num perfil com a fotos do homem que se dizia apaixonado por mim que andei apaixonada por um perfil falso. E andei armada em viuva a sofrer como um animal durante meses!”

Diana , Bombarral



Tenho que vos dizer honestamente, estes relatos assustaram mais que me divertiram.
Acho que felizmente não tenho memória de encontros estranhos. Ou tenho muita sorte ou sou demasiado desconfiada.

De qualquer forma, vivemos num Mundo demasiado louco para nos deixarmos ir por impulso, quando em causa está a nossa vida.





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Sobre a autora:

Chamo-me Marta, e sou apaixonada pela escrita e pelo mundo da beleza. Em 2013 , após um curso de maquilhagem profissional decidi juntar os meus dois amores, criando este blogue. Gosto de escrever despudoradamente sobre tudo. Maquilhagem, cuidados com a pele, estética, cirurgia plástica e saúde no geral, assim como partilho aqui algumas das minhas crónicas em que abordo tudo o que é possível e imaginário. Venham daí, conhecer o meu Mundo!

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