O "meu" dia da Mãe

Não sou hipócrita. Adoro receber presentes. Sei que a sociedade se aproveita de todos os dias instituidos como o "Dia de isto e daquilo" para o consumismo desenfreado.
Para mim, o Dia da Mãe ganhou novo sentido apartir do momento em que soube que estava grávida do primeiro filho.
É só mais um dia. Como todos os outros. Mas... apartir do momento em que as pequenas criaturinhas que sairam do nosso corpo chegam da escola com presentes feitos pelas próprias mãos... respiramos fundo e a vida ganha um propósito ainda maior. Parece parvoíce... mas foi tempo dedicado a pensar em nós, enquanto estavam longe de nós.
O Santiago este ano trouxe-me fotografias muito artisticas, uma lata decorada, um postal, um saquinho e uma flor. O Henrique , mais velho e aluado( como eu) não liga a essas coisas.
Como fomos os três almoçar ao Shopping o Santi pediu -me dinheiro para ir à Perfumes & Companhia ter com "as meninas" comprar-me um presente "dos que tu gostas mamã".
Embora tenha consciência que não me faltam cremes, maquilhagem e tudo o mais, uma vez que trabalho com tudo isso , já se apercebeu que a minha vontade de ter mais é o tal "saco sem fundo".
Ofereceu-me então o "Honey " de Marc Jacobs. Quase aposto que foi escolhido pelo frasco, são sempre os mais bonitos.
Depois fomos oferecer uma rosa à bisa, que ficou muito feliz e surpreendida, afinal é a Matriarca que desde sempre nos apoiou, o nosso SOS.
Nem todas as pessoas nascem para ser mães, e isso deve ser respeitado.
Mas na minha opinião, apesar de ser algo que exige tudo de nós, é muito compensador.
Não se é mãe até à maioridade dos filhos, mas durante o resto das nossas vidas.
Ser mãe é aprender a viver com o coração fora do peito.