A minha vida dava um livro.
Diz-se que, para saber se somos felizes, basta fazer um balanço entre tudo de bom que nos aconteceu e, comparar este peso com o das fases mais complicadas.
Creio que na vida, todos temos infinitas possibilidades,no entanto, são as nossas prioridades que determinam o nosso caminho, prioridades essas ditadas pelo carácter, e nossa experiência pessoal.
Uma das situações épicas da minha vida, foi ter criado uma página no Facebook apenas para mim.
Uma página em que eu era a personagem principal e inventava histórias, fazia desabafos, dei total liberdade ao meu alterego.
Nunca tive qualquer intenção de fazer daquela página absolutamente nada, era puro lazer.
Servia para me divertir, recebia , e ainda recebo centenas, milhares de desabafos.
Riamos, choravamos, até que, tem que haver sempre um opositor, ou grupo deles, pessoas que se incomodam com a facilidade de empatizar dos outros.
A Santa, personagem criada por mim era o meu oposto. Eu era uma mulher casada, mãe de dois filhos, com uma vida tranquila. A Santa era uma louca. Um gênero de HeroÃna feminista, um bocadinho castradora.
Era o meu escape.
Devido à minha escrita foi sendo fácil , com o passar do tempo chegar à identidade da Santa. Pouco tempo depois, a página com 60000 seguidores e um alcance de quase quatro milhões de pessoas, foi me removida pelo Facebook devido a "imagens impróprias".
As imagens não tinham absolutamente nada de mal. Casais abraçados etc. O Facebook justificou com o facto de serem imagens de conotação sexual implÃcita.
Foi dificil fazer renascer a página.
Perdi o meu brinquedo favorito.
Bastou assumir - me como Marta Veloso para incomodar. Nada me ligava a uma página de humor. Eu era apenas a rapariga da maquilhagem. A blogger de beleza.
Menos de um ano depois de ter começado uma nova , a página já tinha, novamente mais de 60 000 seguidores.
Tenho andado ausente, e embora tenha colocado amigas como Santas honorárias, especialmente desde Novembro, a página que outrora foi do meu alterego, tornou-se um espaço mais zen.
O que existe de mais épico na minha vida, penso que será a minha capacidade de mobilizar pessoas.
De não ter medo de dizer o que sinto, dar a minha opinião sem qualquer tipo de medo.
O futuro é agora, e somos uns privilegiados pela possibilidade que temos de comunicar livremente, pela liberdade de podermos escolher o nosso papel na sociedade.
Podes ser quem quiseres, mudar sempre que quiseres e continuar a ser tu mesma.
O ser humano é camaleónico, adaptável, versátil e está em constante evolução.
Não temos que ter uma vida rotineira e aborrecida.
Podemos e devemos ser heróis, todos os dias.
Como? Dando o que nos é pedido sem serem precisas palavras.
Ajudar sem esperar retribuição. Elogiar quem admiramos e apreciamos, e , porque não, quem precisa dessa validação?
Existem demasiados crÃticos, vamos ser incentivadores e fazer a diferença?
Sê diferente. Épico. InesquecÃvel.
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