Quem me segue há algum tempo sabe como consigo causar polémica e buzz.
Pode não parecer muito positivo, quando se tem a colaboração de grandes marcas que evitam estar ligadas a pessoas que despertam várias reações no publico. Uns amam, outros odeiam.
Quando temos a genuinidade de dizer o que pensamos, somos, na maior parte das vezes postos de parte, vistos como alguem que não se adapta a uma sociedade que tem já os parametros definidos.
O melhor que podemos fazer é não permitir que o que não nos ajuda, também não nos anule.
Nesta área, que a maioria das pessoas vê como um capricho, esquecendo a influência que temos sob os nossos seguidores, somos tantas vezes vistas como meninas mimadas. Dondocas que recebem produtos e dinheiro , sem qualquer mérito, apenas porque dedicam alguma da sua disponibilidade às redes sociais e a eventos.
Chega a uma determinada altura que, somos vistas como marcas, muito mais do que como pessoas que escrevem por paixão, sobre aquilo que gostam, sejam os chocolates do Lidl, as aventuras familiares, ou a nova coleção de Batons Dior.
Quero crer que a maioria das bloggers acreditam no que escrevem, e que o fazem livremente .
Criar um blogue só porque se recebem umas coisas giras ,se formos bem sucedidos não é caminho. Até porque, não basta ter um blogue. Ultimamente , existem instabloggers. Acho meio estranha a definição. A menos que a pessoa já seja uma figura publica, porque se trata de uma atriz, etc etc, a imagem conta muito mas, é nas palavras, ditas ou escritas que o carisma salta à vista.
Há toda uma postura, que eu nem sempre tenho, sou demasiado plebeia para me preocupar com todos os detalhes de uma foto.
Quem escreve para um público vasto e contabiliza muitos milhares de seguidores, também tem vida cá fora. E obstáculos, prioridades,oportunidades.
Cada vez que sou contactada por marcas, agências e tudo mais, sinto- me grata. Embora nem sempre consiga ir a todos os eventos, ou comprometer- me com todas as marcas. Gosto de poder retribuir o carinho e reconhecimento, e, nem sempre consigo.
Considero-me no direito de falar apenas naquilo que faz sentido para mim . Tanto pode ser um perfume fantástico, como um iogurte, uma mala, roupas, acessorios , batons, cremes!
Mas às vezes a vida é devastadora. Acontece tudo ao mesmo tempo.
E é nessas alturas que eu preciso de me rodear daquilo que tanta gente considera “ fútil”.
Os iluminadores e paletas de sombras, as malas novas, os séruns fantasticos que, com uma amiga farmacêutica tento perceber a composição , para que serve cada componente, o que torna aquele produto diferente dos outros.
A possibilidade de existirem cremes que realmente atenuem rugas, o poder das células estaminais que prometem reverter o processo de envelhecimento cutâneo, os super alimentos, suplementos...
Tudo isto me fascina. Distrai. As vezes tenho que me relembrar que é trabalho. E, mais uma vez, me sinto grata pela oportunidade
diária que tenho de me poder expressar perante um público tão vasto.
Se me perguntarem se faço o que amo, a resposta é positiva. Nem sempre consigo fazer tudo aquilo que quero. Existe todo um Mundo( privado) cá fora que precisa de mim. Os dias deveriam ter 48 horas e o nosso organismo podia ter mais resistência.
Sou uma pessoa com muita sorte. Tenho essa noção. Trabalho muito, para poder ter essa “sorte”.
Dou-me.
Mas , mesmo quando as coisas não correm da melhor forma, eu sinto-me privilegiada.
Viver é ter a possibilidade de concretizar os nossos sonhos, e até aquilo que não nos atrevemos a sonhar, tantas vezes acontece. Há quem lhes chame milagres. Eu penso que o universo nos retribui aquilo que “ projetamos”.
Por piores que pareçam alguns dias, se respirarmos, tivermos comida, uma casa e pessoas que nos amem, por maior que seja a nossa luta pela felicidade , seremos sempre vencedores.
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